Dualidade Humana

Romanos 7.18,19,20

"Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.
Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse continuo fazendo.
Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim"

Todo homem, independente de quem ele seja, enfrenta esta realidade. Somos formados por uma tricotomia (espírito, alma e corpo) cada uma destas partes possui sua necessidade, e se alimenta daquilo que é seu. Saber lidar com isto é o segredo. Não adianta omitir, desconhecer, falsificar este impulsos, eles são intrínseco a natureza humana.
Paulo descreve a sua realidade, e fala sobre estes impulsos que o influenciam em sua ações, ele descreve isto como uma força que o domina, que o afunila, que leva-o a fazer o que não quer; talvez você diga: "isso é coisa de quem não tem o Espirito de Deus; isso é coisa de carnal", mas me diga, você que tem o Espírito. Quantas vezes você errou mesmo sabendo que deveria fazer o que era o certo e teve a oportunidade para isso? ou quantas vezes foi mais fácil contar uma mentira, quando deveria ter contado a verdade? esses são exemplos simples que mostram esta dualidade presente em cada um de nós.   Não estou aqui defendendo o obscenidade, o pecado, e nem tão pouco quero me apoiar na fraqueza humana; devemos nos apoiar em Deus, pois se somos fracos, no entanto Ele é forte e a nossa força está em Deus.
Caminhe comigo um pouco mais. Paulo, ao tratar deste assunto, revela esta realidade humana, o homem possui fragilidades, debilidades, e isto não tira a fé, muito pelo contrário, fortalece. Paulo vê que sua confiança na lei e na prática religiosas, e a sua defesa por seus dogmas e costumes não lhe garantiam direito ao céu, pois o homem jamais poderia alcançar a justificação por méritos oriundos de qualquer lugar a não ser de Deus. Paulo chega a dizer: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo sujeito a esta morte?" (Rm 7.24) Paulo percebe que necessita da graça interventora de Deus, se não ele estaria perdido, esta é a única certeza que tem.
O homem sem Deus está destinado a separação e perdição eterna, somos o resultado de nossas escolhas e nossas ações, o homem carnal, e completamente carnal se alimentará cada vez daquilo que a carne pede, mas o homem espiritual, mesmo sendo ainda carnal buscará alimentar mais o espírito com as coisas do espírito, pois, aquele que for mais forte nele, será o que dominará e influenciará em suas decisões e escolhas.
Paulo enxergou a luz, e não foi apenas naquele episódio quando estava caminhando em direção a Damasco. Paulo enxergou a luz aqui também, ele vê uma saída e diz: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor" (7.25a) esta sua exclamação fala profundamente e traz verdadeiro alivio para sua alma e lhe acalma o coração quanto a este dilema, pois ele vê que Deus enviou Jesus para nos salvar de nós mesmos também,  quando Cristo se torna Senhor de nós passamos a receber autoridade necessária para vencer a carne, pois agora possuímos um fortíssimo aliado. Devemos reconhecer esta composição humana, porém jamais podemos esquecer que seremos capazes de vencer-nos a nós mesmos através de Cristo.
Se o filho vos libertar verdadeiramente sereis livres. (Jo 8.36)
Em Cristo somos mais que vencedores.

Que a Paz de Deus permaneça com todos.


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