Salomão



“Salomão, filho de Davi, estabeleceu-se com firmeza em seu reino, pois o Senhor, o seu Deus, estava com ele e o tornou muito poderoso” (2crônicas 1.1)
Salomão um personagem conhecido mundialmente. Sua fama se deu por sua sabedoria e fortuna. Grandes exploradores correram em busca de encontrar seu tesouro. Seu reinado dá inicio ao período áureo de Israel. Se Davi seu pai era o homem segundo o coração de Deus, Salomão por sua vez era o homem amado por Deus. Deus o abençoou com sabedoria e riqueza inigualáveis. Até hoje, Salomão é celebrado. Salomão foi de fato um grande rei, um político nato. Seus acordos políticos lhe garantiram um forte comércio internacional, ele como ninguém soube explorar o comércio, a importação e a exportação, garantindo-lhe assim aumento substancial de sua fortuna e prosperidade para seu reino. Sobre isso diz a Bíblia: “Ouro e prata eram tão comuns em Jerusalém como as pedras no tempo de Salomão” (2Cr 1.15)
Podemos medir a grandeza de Salomão através dos números. Salomão possuía Mil e quatrocentos carros e Doze mil cavaleiros (2Cr 1.14) Cada carro custava 7,200 kg de ouro e cada cavalo 1,200 kg. Salomão arrecadava por ano 23 toneladas de ouro (1Rs 10.14/2Cr 9.13) Os números são impressionantes! Salomão era extravagante. Salomão mandou fazer duzentos escudos grandes de ouro, cada um com três quilos e seiscentos gramas de ouro; também fez trezentos escudos pequenos com um quilo e duzentos gramas de ouro para colocar em seu Palácio da floresta do Líbano (2Cr 9.15,16) Salomão mandou construir para si um grande trono de marfim revestido de ouro puro, o trono possuía seis degraus, e um estrado de ouro fixo nele. Nos dois lados do assento havia braços, com um leão junto a cada braço. Doze leões ficavam nos seis degraus, um em cada lado. (2Cr 9.17-19) Salomão em seu primeiro sacrifício de dedicação do templo, juntamente com o povo ofereceram tantos sacrifícios que não era possível contar (2Cr 5.6)
Com este ultimo relato alguém pode imaginar que este rei não passava de um esnobe e extravagante monarca. Não podemos ficar com esta impressão. Por mais impressionante que possam parecer estes relatos, a maior ambição de Salomão não estava no ouro ou na prata. Veja o relato.
Salomão passou os quatro primeiros anos de seu governo estabelecendo-se, fazendo acordos, ajustes e organizando-se para a maior obra de sua vida (ver caps 1 ao 3 de 2Cr) do capitulo 3 ao 5 Salomão está na empreitada de construir o templo, e isso durou sete anos (ver caps 3 ao 5 de 2Cr) para Salomão esse seria o seu maior legado (peço a atenção de todos para este momento da história de Salomão) olhemos para este homem motivado por sua missão de construir algo de suma importância para si, seu povo e toda a humanidade: O templo. Salomão sabia da importância dessa obra, ele sabia o que aquela construção representava. Ele faz tudo certo, tudo meticulosamente pensado. (2Cr 5.4) A arca é conduzida para o templo, levada pelos levitas é claro. Estando a arca no templo e tudo já em seu devido lugar, então começa a cerimônia de dedicação do templo. O rei e todo Israel oferecem sacrifícios ao Senhor (2Cr 5.6) após os sacrifícios e os louvores terem sido entoados ao Senhor a casa encheu-se da presença do Senhor (2Cr 5.13) Era tão intensa a presença que os sacerdotes não podiam andar (2Cr 5.14) Salomão então ora a Deus, e o templo então foi dedicado ao Senhor. O rei se apresenta como o UNGIDO, exercendo assim o ministério de rei e sacerdote.
Salomão está em seu ápice espiritual, vivendo seu melhor momento. Não é a sua fortuna que importa, não é seu poder de monarca que impressiona, é a presença de Deus que faz deste rei e deste reino diferente de todos.
A busca particular de Salomão.
Salomão ofereceu sacrifícios de agradecimento e de dedicação ao Senhor (2Cr 5.6) Salomão orou em favor do povo de Israel e também por todos os povos (2Cr 6.12-40) e Deus deu sinal que atenderia a sua oração ao descer fogo do céu e consumir o holocausto e os sacrifícios (2Cr 7.1) Salomão poderia se dar por satisfeito, mas esse homem quer algo mais, ele precisa de algo mais, então ele faz o que para muitos poderia ser visto como um exagero. Salomão oferece 22 dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas (2Cr 7.5) por quê? Qual a razão disso? Salomão precisava de algo para si. O homem que possuía tudo precisava de algo mais? O que é mais importante, o que tem mais valor, o que realmente satisfaz? Eu respondo. Só quem já experimentou a presença de Deus sabe que não há nada mais importante, ou que traga mais sentido à vida do que a presença de Deus. “Então aconteceu que o Senhor apareceu a Salomão” (2Cr 7.12) Quando leio este texto eu me lembro logo de outro (At 2.2) “de repente veio do céu”. A busca por Deus não pode ser medida por números, e sim pelo resultado. Quando existe disposição para buscar a Deus não se pensa em quanto, ou quando, e sim na experiência marcante do encontro. Eu olho para a Bíblia e vejo os “de repente”, é assim que as coisas sobrenaturais acontecem: De repente! Não pode haver ansiedade destruidora, decepcionante, desgastante, enfadonha, e sim, uma busca alegre e desejosa. Os sacrifícios primitivos eram uma espécie de oração, uma oração demonstrada através de atos de sacrifícios, era uma das formas de se buscar a Deus, e digo que era a forma que o adorador demonstrava toda a sua devoção a Deus, pois era isso que seu sacrifício, ou o tipo de sacrifício mostrava. Para Salomão, não havia nada de mais importante ou valioso do que a presença de Deus, ele mesmo dá provas disso. Sua história de vida possui muitas nuances, porém, por fim ele define o significado e propósito da existência humana da seguinte forma: “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarde seus mandamentos; porque isso é todo o dever do homem” (Eclesiastes 12.13)
Eu vejo neste homem Salomão, e nas suas palavras a definição da satisfação humana. Agostinho disse: “Antes de encontrarmos a Deus todos andamos desassossegados”, esta frase define Salomão, todo desassossego acaba no momento que ele encontra a Deus, após experimentar tudo o que o seu coração desejou, ele então se volta para Deus e reconhece que Deus supre a necessidade máxima do homem.
Os números na vida de Salomão são surpreendentes, mas eles mostram uma coisa: Necessidade de Deus (2Cr 7.5) Maria derrama unguento precioso em Jesus (Jo 12.3-) Alguém diz: “Que desperdício!” Para muitos, demonstrações assim parecem um exagero, e não é, são demonstrações de o quanto se adora e ama a Deus. Ninguém deve nos julgar por nossas atitudes de devoção a Deus, muitos ficam paralisados, gélidos, mudos e engessados. Os verdadeiros adoradores são espontâneos e dispostos a oferecer sacrifícios de louvor que para muitos aparecerá como extravagante. Não se importe, ofereça o melhor para Deus.

Na fé, na adoração e na esperança.

(R.Silva)


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