Elias, um homem, uma missão







 Então Elias disse a todo o povo: "Aproximem-se de mim". O povo aproximou-se, e Elias reparou o altar do Senhor, que estava em ruínas.

Depois apanhou doze pedras, uma para cada tribo dos descendentes de Jacó, a quem a palavra do Senhor tinha sido dirigida, e disse: "Seu nome será Israel".

(1 Reis 18.30,31)

Introdução:

Quero dar início a essa escrita usando a seguinte máxima: Entender o texto é mais importante do que apenas conhecer o texto. Há lógica no que digo, por exemplo: Você pode conhecer uma pessoa, porém, isso não signifique que você a entende. Certo?

O motivo de começar com essa máxima se dá pelo fato do que está por trás dessa passagem bíblica, e, principalmente por causa das inúmeras interpretações e exageros de aplicação do texto. Contemporizar, ou contextualizar não significa liberdade para distorcer, e isso tem acontecido com muita frequência . O texto em questão trata mais do que um simples embate entre o profeta Elias e os profetas de baal. Dito isto, precisamos conhecer e entender do que se trata afinal.

É importante também mencionar o que nos diz o apostolo Pedro a esse respeito. (2Pe 1.20) "Sabendo primeiramente isto: Que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação".

Feito as ressalvas, vamos ao texto.

O texto em questão trata de algo de grande importância, trata da identidade de um povo. Não um povo qualquer, estamos falando do povo escolhido de Deus. Israel estava enfrentando o pior momento de sua história, aliás, permita-me fazer a correção, Israel não estava enfrentando, muito pelo contrário, Israel estava sendo vitimado por um ataque mortal vindo do lado de dentro. A identidade desse povo estava em risco, diria que a um passo da extinção. Talvez você pense: Isso seria possível? Eu respondo, é claro que sim, pois, qual o motivo de Deus intervir? 

Se não fosse a intervenção divina essa identidade do povo como nação escolhida estaria perdida. Dizem que uma geração é formada a cada 20 anos, e foi justamente esse o tempo aproximado do reinado de Acabe. Durante o período do seu governo, Acabe tem como propósito prioritário a implantação de uma nova cultura. O ser humano em si não é isso que vemos do lado de fora, como aparência e etc. a pessoa de fato é o que está do lado de dentro e isso é refletido para o lado de fora. É no período de tempo de 20 anos que o caráter e a personalidade do individuo são formados, ou seja, é o tempo que leva para você ser de fato quem você é.

Para deixar claro não estamos usando como base a psicologia, isso seria fraco de mais, pois, a nossa base é a palavra de Deus, ela sim é a maior autoridade e é anterior a toda a ciência. Todas as ciências são posteriores aos ensinos de Deus, a palavra de Deus é fonte para tudo, mesmo que a classe cientifica não a reconheça, aliás, nós não precisamos das afirmações e comprovações da ciência, crer em Deus e em sua palavra não tem a ver com o que a ciência diz, crer em Deus trata-se de uma questão de fé, e isso a ciência não pode explicar. 

Vamos ao texto. 

Intervenção e conserto.

É interessante como Deus age sempre no momento certo, ele não se atrasa e nem se adianta. Vale ressaltar que Deus é motivado a agir quando os homens falham e perdem o controle da situação. E foi isso que aconteceu. Deus foi motivado a agir. Deus deu ao homem capacidades, deu a este poder para criar e preservar, este foi criado a sua imagem e semelhança (Gn 1.26) Não é isso o que nos diz o texto de Gênesis? É claro que esse poder não se iguala ao de Deus, é apenas um correspondente limitado ao propósito para o qual o homem foi criado. Deus espera que o homem crie coisas para o seu bem, para o bem da humanidade e preserve tudo para a glória de Deus, esse é o propósito. Quando o homem se distância do caminho (propósito) Deus invertem e procura traze-lo de volta. Deus escolhe um homem para trazer o povo de volta. A missão é restaurar a identidade do povo, essa identidade criada ao longo de um processo não estava sendo preservada. Deus tem que agir, e ele escolhe um homem. Quem era esse homem? Elias, esse era o homem.

Traçar o perfil desse homem não é uma tarefa tão fácil, haja vista que os relatos sobre esse personagem são escassos. Não há menção sobre seus pais, sua infância, sua ocupação e chamado, não há nada. O que temos sobre Elias é um relato na bíblia onde ele aparece de forma abrupta na história. Elias simplesmente aparece (1Rs 17.1) Porém, se não há menção na bíblia e nem na história comum sobre esse homem, como então seria possível traçar o seu perfil? A resposta é simples: Colhendo os grãos disponíveis na bíblia. A bíblia nos fornece de forma bem resumida as informações a respeito dele, a primeira informação que podemos coletar é sobre o lugar de seu nascimento, Tisbé. Um pequeno vilarejo situado na região de Gileade. Tisbé parecia ser um lugar sem importância até esse momento, não se engane, na bíblia não existe nada sem importância, basta olhar para a localização de Tisbé. Esse vilarejo ficava a leste do rio Jordão, nas proximidades do vau de Jaboque. Esses dois lugares foram marcados por grandes eventos. Foi no rio Jordão que Deus confirmou o chamado de Josué quando dividiu as águas e o povo passou a pés enxuto, e foi no vau de Jaboque o lugar do encontro de Jacó com Deus e foi ali que seu nome foi mudado para Israel. O próprio nome dos lugares nos dá dicas também sobre o propósito e escolha. Gileade. hb: "Gil'ad": Monte do testemunho. Esse nome diz muito a respeito do escolhido e sobre Deus. A situação exigia alguém de testemunho forte, Elias é esse homem. O texto nos apresenta um homem que pode ser confundido como alguém sem modos, bruto e rústico, não é o caso. Elias é um homem de postura firme, prática e sem rodeios. Assim são as pessoas das regiões rurais, são firmes quanto àquilo que acreditam e estão dispostos a defender a todo custo suas convicções. Há momentos que Deus escolhe alguém de modos mais refinados, diria que seria algo do tipo como um cirurgião usando um bisturi, cortes finos e precisos, mas, há momentos que Deus escolhe alguém como um guerreiro escolhe uma espada. As espadas são armas que disferem golpes duros e lacerantes. Elias não é um bisturi, ele é uma espada. 

Testemunho também tem a ver com fidelidade, com pacto. Deus é um Deus de pacto, ele vela pela sua palavra para a cumprir (Jr 1.11,12) Deus prometeu a Abraão duas coisas principais: 1) Descendência numerosa 2) Descendência abençoada e abençoadora (Gn 12.2,3) Deus não iria permitir que sua palavra viesse a cair por terra, afinal, ele havia feito promessa. Vale ressaltar que a promessa se refere tanto aos filhos naturais, bem como os filhos da fé  (Rm 4.11/Rm 4.16-25/Gl 3.7/Tg 2.21) os quais são todos àquele que pela fé crêem em Deus. É importante mencionar que a ligação espiritual é mais forte e sólida que a ligação de sangue, pois essa transcende todas as limitações.(ver Mt 3.9/Jo 8.39) Ainda falando de Gileade. essa região pertencia aos filhos de Manassés, isso quer dizer que Elias era da tribo de Manassés. Para quem não sabe, Manassés era o filho mais velho de José. (Gn 48.13-20)  Deus tinha um propósito particular com os filhos de José. Veja o que nos diz Deus a respeito: (Sl 60.7) "Meu é Gileade, meu é Manassés; Efraim é defesa de minha cabeça; Judá é o meu cetro"

Deus jamais faz escolhas aleatórias, em tudo há um propósito e um porque. Ele escolhe as pessoas certas dos lugares certos e no tempo certo.

Curiosidades sobre Gileade:

Existem quatro curiosidades sobre Gileade que podem ser vistas como uma dica do porque da escolha. Como disse, pessoas e lugares são escolhidos com um propósito. Deus não faz escolhas aleatórias.

1) Lugar do juramento entre Jacó e Labão, 2) Lugar onde Jacó teve seu nome mudado para Israel, 3) Lugar do nascimento do profeta Elias, 4) Lugar de um famoso bálsamo.

Dentre estas quatro curiosidades mencionadas, quero destacar o bálsamo: hb: "Seri", este bálsamo era bem famoso, tal fama ultrapassava as fronteiras de Israel. Esta fama fora mencionada tanto na bíblia, bem como na literatura universal. Suas utilidades eram muitas, destas, a de maior fama era de ser um poderoso medicamento com propriedades curativas (Gn 37.25/Ez 27.17/Ez 51.18), não era isso que Israel estava precisando? Deus nos dá uma dica poderosa sobre qual era o seu propósito. Deus usaria Elias para curar Israel, restaurar a identidade perdida.

l. O plano de Deus.

Resumo do plano: RESTAURAÇÃO E CURA

1) Executor: Elias

2) Missão: Restaurar o altar.

2.1 Restaurando o altar.

Restauração da identidade: .

Já falamos sobre Elias e sobre ele ter sido o escolhido para essa missão, nos resta falar sobre como a missão foi executada. 

Elias deveria realizar essa obra de acordo com a orientação dada por aquele que o havia escolhido. "e que conforme a tua palavra fiz todas essas coisas" (1Rs 18.36)

Elias não idealizou o plano, ele o executou. É claro que o servo de Deus é capaz de enxergar o problema e é capaz também de fazer algo para resolver o problema, a grande questão é: Aquilo que eu vejo e a forma como eu penso em fazer trará realmente o melhor resultado? O problema será resolvido?

Não temos certeza, somente Deus tem certeza de tudo.

Seguindo a orientação de Deus.

A bíblia não diz, mas eu imagino; quando Elias vivia a sua vida em seu vilarejo e em seus momentos de oração ele intercedia em favor do povo, pois sabia dos problemas, então, Deus lhe diz: Vou te usar (são apenas conjecturas) Tu irás fazer isso, isso e aquilo. Elias então diz a Deus: Senhor, eis me aqui. Acredito que foi assim que aconteceu.

A partir daí é que Elias segue em direção a sua missão, ele deve ir ao lugar direcionado, fazer e falar o que Deus lhe havia dito.

É exatamente isso o que diz a bíblia: (1Rs 17.1, 2, 5, 8, 14, 36)

O próprio Elias nos diz: "Fiz conforme a tua palavra" (1Rs 18.36)

Assim vivem os que são guiados por Deus. Posso me recordar de um tempo em que os crentes eram menos afoitos e menos precipitados como alguns de hoje. Basta uma análise sincera e perceberemos a diferença em tudo. Vida cristã comedida, sincera e de bom testemunho, os ministros de Deus eram homens sérios e o poder de Deus na vida deles era real, não é como muitos que nós vemos hoje que mais parecem ou querem parecer com estrelas com todo esse apetite pelo estrelato, com seus programas e com todos os seus seguidores. Aliás, vale ressaltar que o brilho da estrela só é visto quando o sol não está brilhando. Entenderam? É exatamente o que está faltando na vida desses ai, o brilho do sol da justiça. É claro que não estou generalizando, mas acredito que você concorda comigo, tem uns por ai que só a misericórdia. Olhemos para os cantores gospel de hoje, parecem cristão, inspiram vida cristã? Olhem para as letras de sua músicas, são letras inspiradas por Deus? No passado, e quero dizer que não sou saudosista, apenas a titulo de comparação, mas no passado tudo era diferente e mais crentes possuíam essa preocupação que é a de ser guiado por Deus, eles eram ensinados por homens que tinham uma vida no altar e que buscavam a direção de Deus para tudo, e estes homens ensinavam os fiéis a fazerem o mesmo, então o que tínhamos era uma comunidade cristã que buscava a Deus e que buscava a orientação de Deus. As conversões eram reais, as vidas eram transformadas, havia sede no povo para buscar a Deus. Os ministros de Deus não ousavam em abrir a boca para dizer: Assim diz o Senhor, ou Deus mandou dizer, se Deus não houvesse dito para eles. Havia temor. E hoje? Os de hoje são mais ousados é usados dos que os de ontem? Talvez você diga: Claro, olhe só, os números e as conquistas são irrefutáveis. Ai eu te digo, só porque estão sentados em seus tronos dourados e estão dentro de palácios (as catedrais) isso quer dizer que o que fazem tem a aprovação de Deus? Vocês esqueceram o que diz a bíblia sobre a igreja de Laodicéia ? (Ap 3.14-20) O que é riqueza e o que é belo para os homens não quer dizer que o seja para Deus.

 "Assim diz o Senhor Deus: Ai dos profetas loucos, que seguem o seu próprio espírito  e que nada viram" (Ez 13.3) 

Leiam Ezequiel 34. 2, 8 e 2 Timóteo 3.1-9

Não se enganem, esses tais estão em busca de interesses próprios, o objetivo deles não é o reino de Deus e sim o reino dos homens.

Elias é diferente, ele obedece a orientação divina. A recomendação inicial é: Apresente-se a Acabe.

A aparição de Elias foi dramática e intensa, e deveria ser assim mesmo. Assim como foi a aparição de Elias, assim seria o agir de Deus.

O primeiro contato havia sido feito, a mensagem fora entregue, agora Deus diz: Retira-te e esconde-te. Essa foi a segunda orientação. O homem sai de cena e Deus passa a agir. O que acontece a partir daí ?: Houve uma grande seca.

Deus disfere um golpe fatal, bem no coração da situação. Acabe estabelece o culto a baal em Israel. Quem era baal, ou o que era atribuído a baal? 

Baal era visto como o responsável pela fertilidade, germinação e crescimento da lavoura e de rebanhos, com a seca, Deus estava o expondo.

O passo seguinte de Elias estava dentro dos planos de Deus. Quando a seca começa gerar indignação do povo e a situação começa a ficar insustentável para o governo, então, Acabe manda que seus oficiais saiam em busca de Elias para achar uma solução (1Rs 18.5) o desespero era tão grande que até o rei foi em busca de Elias (1Rs 18.6) 

(1Reis 18.1) Três anos de seca. Se a situação já estava insustentável para a casa do rei (1Rs 18.5) imagine para a população que começou a perder o ânimo e fazer perguntas. Isso gerou mais do que fome em toda a nação, isso gerou questionamentos. Era o que Deus pretendia. 

Elias encontra-se com Obadias, mordomo de acabe (1Rs 18.7) e esse lhe diz que irá encontrar-se com Acabe (1Rs 18.15) Chega o grande momento. Deus age na hora certa, ele escolhe o momento certo de agir. Tudo estava conforme o seu plano, os três anos de seca foram suficientes para causar o efeito que Deus pretendia. Somente Deus é capaz de saber o modo certo de agir e saber que sua ação causará exatamente o efeito pretendido por ele.

O controle de Deus é nítido, o homem por mais capaz que seja e mais poderoso que possa ser, não se iguala de forma nenhuma a Deus (por mais que alguns pensem ao contrário. LOUCOS!)

Deus direciona o seu servo Elias para que este reúna o povo. O lugar é exatamente  onde Deus quer (1Rs 18.19) 

O monte Carmelo. Uma cordilheira que mede algo em torno de 30 km de comprimento, não se trata de uma única montanha, esse lugar é composto de várias montanhas, o ponto mais alto fica a 575 metros acima do nível do mar e o pico mais baixo a 184 metros. Mas não é a altura da montanha a questão, nem o seu comprimento, a questão é o lugar, seu nome, e o que ele representa e o propósito da escolha. Carmelo significa lugar fértil. Não havia nada de fértil em Israel nesse período, muito pelo contrário. O lugar e a nação estavam desolados, assim como a fé e a identidade do povo. Esse lugar, assim como os demais montes que haviam em Israel eram comumente usados para sacrifícios, por isso Elias escolheu o monte segundo a direção de Deus. Era ali, como em outros lugares, que o povo adorava a baal (1Rs 16.33) os altares eram erguidos nos montes e nos bosques. Em Israel o templo não era o único lugar de adoração, o povo tinha o costume de adorar a Deus nos montes também, por isso quando Acabe induz o povo a adorar outros deuses nesses lugares, ele passava a ideia de substituição. Quando Deus orienta Elias a convidar o povo para ir até o monte Carmelo, o propósito está claro. Colocar a prova os deuses e saber dentre eles quem de fato é Deus. 

O altar. O altar identifica o adorador assim como identifica o adorado. Altar é identidade.

O passo seguinte a ser dado é: Confrontar o povo a respeito de sua identidade. (1Rs 18.21)

"Até quando coxeareis entre dois pensamentos?"

Aquele era o momento de tirar todas as dúvidas. Quem vocês são, e quem é de fato Deus.

Acabe reinou em Israel por um período de 22 anos (1Rs 16.29) um dos propósitos do seu reinado, juntamente com a sua companheira do mal foi influenciar Israel a assimilar uma outra cultura e com isso implantar uma nova identidade. Um nação é reconhecida por sua localização geográfica, sua religião e idioma; em suma, é assim que identificamos uma nação.

A mudança de hábitos religiosos faria com que esse povo que se identificava como o povo escolhido de Deus passasse a ser reconhecido de uma outra forma. Percebem o que estava em jogo?

Tudo começa e termina no altar.

Se o altar de adoração for substituído, logo, o deus adorado no altar é substituído também.

Deus diz para Elias, chame-os e convide-os para o altar.

A restauração.

Elias reúne o povo, reúne doze pedras. Antes de iniciar o sacrifício, Elias diz algumas palavras (1Rs 18.30,31)

"Israel será o teu nome" (1Rs 18.31)

Ao repetir essas palavras, Elias está fazendo com o que o povo se lembre de que eles possuem uma identidade. Eles não eram um povo qualquer, eles eram o povo escolhido de Deus, e por assim ser, deveriam viver de acordo com a palavra que veio até eles para que então se diferenciassem dos demais povos. O chamado de Israel é ser luz para todas as nações, assim como Deus chamou a todos os seus servos para o serem (Jo 15.16/Mt 5.14)

Não é isso que o inimigo de nossas almas deseja? O que ele quer e para isso luta é fazer com que deixemos de lado o nosso propósito de sermos luz para que os homens permaneçam nas trevas.

Quando a obra é de Deus, quando a orientação é de Deus o resultado é esse:

(1Rs 18.37-39) O resultado não poderia ser outro. Elias tem certeza de que o povo será restaurado: "és Deus, e que a ti fizeste retroceder o coração deles"

"então caiu fogo do céu"

Enquanto que os sacerdotes de baal pulavam, gritavam e se cortavam e nada acontecia, Elias ora e Deus responde com fogo. 

"O que vendo todo o povo, caiu de rosto em terra e disse: O Senhor é Deus! O Senhor é Deus!"

Mudança, cura, restauração. Foi isso o que aconteceu!

Transformações podem acontecer de forma instantânea, porém, a manutenção desta precisa ser diária. Jesus disse que o que permanecer fiel até o fim será salvo (Mt 24.13)

Não podemos abrir mão da meditação e da obediência à palavra de Deus. É essa palavra que quando colocada em prática nos diferencia das demais pessoas, e a razão disso não é causar divisão, o propósito é inspirar. Deus, ao criara a humanidade ele o fez com o propósito de que todos seguissem suas orientações e vivessem por elas, isso não quer dizer que ele nos robotizou. Quantas religiões existem no mundo, quantos tipos de filosofias, culturas, estilos de vida e etc? Milhares, Deus não obriga o homem a segui-lo, ele os convida. Entender isso é de extrema importância, saber inspirar os outros é fundamental. Como influenciar se não for pelo exemplo?

Essa é a nossa missão, o nosso desafio. 

Ser exemplo não é uma tarefa fácil, porém, possível.

Dúvida?

"De que maneira poderá o jovem manter puro o seu caminho? Observando-o segundo a tua palavra" (Sl 119.09)

Não existe outra forma se não pela palavra. Temos a tendência de errar, e o que é pior, temos a tendência de não reconhecer o erro. Some tudo isso com a arrogância que temos em pensar que sabemos de tudo.

Não sabemos. Acabe pensava que sabia, o povo achava que estava fazendo o que era certo, afinal, que mal tem em criar uma religião, criar um deus, uma divindade, um padroeiro, ou acreditar receber força e bens de astros celestes?

Tudo isso parece tão inofensivo não é mesmo?

Se Deus não existisse poderia ser inofensivo, mas atribuir a outro ou a alguma coisa o que quer que seja que não for a Deus é ofende-lo.

Quem você adora de identifica. A forma como você adora diz tudo sobre você e o ser adorado.

Deus é santo, e requer atitudes santas de nossa parte. Ele espera que vivemos de forma santa que significa ser separado.

Pode até ter parecido que foi fácil a missão de Elias mas não foi, e digo que o resultado só foi esse o que a bíblia nos mostrou porque o plano era de Deus.

Não duvide, o inimigo de nossas almas luta incansavelmente para que percamos a nossa identidade. Perder a identidade é abandonar o altar de Deus, perder o altar é substituir por outro, perder o altar é perder o poder, perder o poder é perder a guerra.

Não abandone o altar, não perca a sua identidade, não perca o seu poder.


Na fé, na perseverança e na esperança sempre!

R.Silva

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