Judaismo e Cristianismo


 

Judaísmo e Cristianismo

Não há nada mais prazeroso na minha opinião do que uma boa leitura. Em particular, ler a palavra de Deus é como um mergulho no oceano, vasto, profundo, belo e rico. Em se tratando do oceano, sabemos que conhecemos menos de 10%. Acredito que conhecemos pouco da palavra de Deus.Talvez um ortodoxo ou um teólogo cristão diga, isso não se aplica a nós, isso se aplica a você. Eu direi: Isso se aplica a todos. Eu explico. Se realmente conhecêssemos a palavra de Deus não cometeríamos os mesmos erros e não faríamos tanta especulação e tantas interpretações equivocadas a respeito de Deus e de seu propósito para a humanidade. Conhecer não é apenas memorizar, conhecer a palavra é viver, obedecer, respeitar, amar e estar em comunhão com Deus. Jesus disse: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos para ele e faremos nele morada" (João 14.23)

Perceberam que conhecer a palavra de Deus está além de saber o que está escrito ou onde está escrito? Bom, essa é uma brevíssima introdução sobre a palavra de Deus. Vamos agora para algumas ressalvas sobre o tema.

Porque decidi falar sobre esse assunto?

A grande questão é: Porque não falar?

Em primeiro lugar porque essa discussão é milenar e tem seu início histórico nos primórdios da IGREJA. Em segundo lugar por conta da revisitação e esforço de alguns a respeito desse assunto. Preciso ressaltar que quando me refiro a IGREJA, não estou me referindo a uma denominação ou a uma religião. A IGREJA de Jesus não é uma denominação e muito menos uma religião. Prosseguindo. Quando essa igreja surge e dá início a sua expansão, os discípulos multiplicam-se aos montes, e com isso começa a surgir os primeiros conflitos internos. Era o início de tudo, é natural que essas coisas aconteçam no início. Um pequeno grupo sentiu-se ameaçado ao ver que as rédeas estavam saindo de suas mãos, e com isso tentaram de todas as formas permanecer no controle. O que aconteceu? Conflitos. Ao que parece o primeiro conflito se deu por acepção de pessoas motivadas por questões religiosas e étnicas. O texto diz: "ouve murmuração dos helenistas contra os judeus". As viúvas judias estavam tendo prioridades em comparação as viúvas helenistas. De acordo com o Dr. David H. Stern um judeu messiânico na página 268 de seu livro o Comentário Judaico no Novo Testamento o dr. David diz: Os hebreus acusavam os helenistas de terem desenvolvido um "judaísmo adulterado". Havia certa indisposição por parte de um grupo de judeus mais ortodoxos em relação aos judeus helenistas. Era o início de tudo, algumas arestas ainda precisavam serem aparadas. Os ensinos de Cristo nos levam a uma reflexão igualitária e sem descriminação, mas, o que vemos aqui no início de tudo é que ainda faltava amadurecimento ou disposição para superar diferenças. Além da falta de maturidade para superar diferenças, também faltava maturidade para compreender o avanço do reino a todos os povos.

De acordo com o relato bíblico parece que o sentimento que dominava o coração dos líderes judeus também estava no coração de alguns da igreja "Então os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo falava" (Atos 13.45)

Até o primeiro século a igreja era formada em sua maioria por judeus, para estes, a comunidade cristã deveria ser como uma continuidade do judaísmo, e sendo assim, deveriam seguir as mesmas regras. Preciso ressaltar que essa era a visão dos judeus que faziam parte da comunidade cristã, visão essa que não era partilhada pela maioria dos judeus da época. Vale ressaltar que também não é o pensamento dos judeus dos nossos dias. Para os judeus que não creem em Jesus como o Messias o cristianismo não passa de mais uma religião. O ponto de destaque desse nosso compilado é: O Cristianismo não é a continuidade do judaísmo. A igreja cristã nasce em berço judaico, porém, não é a continuidade daquele.

Diferentemente do que aconteceu no primeiro século, quando a pressão para que se seguisse os costumes judaicos era por parte dos judeus que faziam parte da comunidade cristã, hoje os que estão fazendo essa pressão são "cristãos" sem nenhuma origem judaica. Estes, fascinados com toda mística que envolve os símbolos judaicos e etc, desejam o retorno e observação a certas práticas que não tem nenhum respaldo bíblico e não há qualquer menção feita por Jesus a esse respeito. Não podemos aceitar a fusão entre judaísmo e o cristianismo, mesmo que haja entre ambos vários pontos de convergência. Não se trata de qualquer tipo de animosidade em relação deste para com aquele. A questão é: O que os símbolos e tudo mais que envolvem o judaísmo representa para a igreja? Para quem ou para o que eles apontam? São eles uma realidade ou a sombra de algo? 

O cristianismo é o cumprimento da promessa, é a evolução e progressão da obra de Deus. Talvez você nunca tenha ouvido dessa maneira, não é uma pretensão de minha parte, trata-se de uma realidade. (Mais uma vez. Não confunda o cristianismo com a religião, as religiões não agregam, elas separam em grupos e em classes. As religiões promovem guerras e disputas. A essência de Cristo é a PAZ) 

Querer o retorno da igreja a essas práticas configura-se um erro grotesco. O primeiro concilio de Jerusalém foi marcado por essa disputa. Alguns queriam que a comunidade cristã recém nascida praticasse os costumes judaicos, outros no entanto se opuseram a isso. vejam o parecer do concílio: Tiago dá o seu parecer com base na palavra, tendo o entendimento de que a promessa segue um curso, inicialmente é direcionada ao povo judeu e então segue para todas as nações e povos. Após a fala de Tiago e com a aprovação da assembleia, cartas são dirigidas aos gentios desobrigando-os de seguir os costumes judaicos. (Atos 15.7-30) Esse é o resumo do que foi tratado. Para maiores detalhes sobre o assunto ler (Atos 15.1-30)

Parece que a questão estava resolvida não é mesmo? 

Logo após Paulo ter recebido as cartas desobrigando os gentios de seguir os costumes judaicos, Paulo sai em viagem missionária e leva consigo o jovem Timóteo. Curiosamente, Paulo se vê obrigado a circuncidá-lo. "Circuncidou-o por causa dos judeus daqueles lugares" (Atos 16.3) 

Vamos de um breve resumo sobre quem era Timóteo? 

Timóteo era um jovem natural da cidade de Listra, região da Licaônia, uma província romana. Seu pai era grego e sua mãe judia. Ao que tudo indica Timóteo não seguia os costumes da fé de sua mãe. Ou seja, não era circuncidado, Paulo então se vê obrigado a circuncidar o jovem. Esse episódio é motivo de debates, pois, parece uma contradição, uma vez que Paulo vai até Jerusalém se opor a um grupo de judaizantes que obrigavam os irmãos gentios a se circuncidarem com a alegação de que não seriam salvos se não o fizessem. Porque Paulo então faz o oposto nesse episódio? Seria plausível pensar que se tratava de estratégia para não por impedimento a pregação e trânsito de Paulo entre os judeus tendo o jovem Timóteo em sua companhia, seria esse o motivo de Paulo ter circuncidado o jovem Timóteo mesmo que isso parecesse estranho? Acredito que sim, uma vez que Paulo mesmo menciona isso: "Então, Paulo e Barnabé, lhes responderam corajosamente: Era necessário anunciar primeiro a vocês a palavra de Deus; uma vez que vocês a rejeitam e não se julgam dignos da vida eterna, agora nos voltamos para os gentios. Pois assim o Senhor nos ordenou: Eu fiz de você luz para os gentios para que você leve a salvação até aos confins da terra" (Atos 13.46, 47)

A solução para esse impasse seria simples de se resolver. Bastava a Paulo não levar o jovem Timóteo, ou, manter-se firme e não aceitar a circuncisão. Ao que tudo indica, esse episódio ao invés de enfraquecer o entendimento de Paulo serviu de fortalecimento para o oposto. Paulo está mais convicto e determinado em seu entendimento sobre a diferença entre o judaísmo e o cristianismo.

É de conhecimento de todos que Paulo é visto como o apostolo dos gentios, aliás, ele mesmo assim se denomina em várias de suas cartas. "Dirijo-me a vós outros, que sois gentios! Visto, pois, que eu sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério" (Romanos 11.13) 

"Pois aquele que operou eficazmente em Pedro para o apostolado da circuncisão também operou eficazmente em mim para com os gentios" (Gálatas 2.8)

"Para isto fui designado pregador e apóstolo (afirmo a verdade não minto), mestre dos gentios na fé e na verdade" (1 Timóteo 2.7)

Dentre os escritores do novo testamento não há outro semelhante a Paulo que possua conhecimento profundo do judaísmo e com entendimento do que é o cristianismo.

Paulo está convicto da distancia que há entre um e outro, ele expõe a fraqueza dos irmãos da Galácia que estava sedendo aos judaizantes.

"Maravilho-me de que tão depressa passásseis daquele que vos chamou à graça de Cristo para outro evangelho; o qual não é outro, mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo" (Gálatas 1.6,7)

Paulo chama isso de transtorno. TRANSTORNO: Alterar, contrário, prejuízo.

Essa mistura de cristianismo e judaísmo configura-se em um transtorno, algo contrário a mensagem do evangelho. Paulo na introdução de sua carta menciona que Deus nos chamou para a graça de Cristo e não para a imposição da lei.

Paulo mostra aos irmãos que seu histórico no judaísmo daria a ele mais do que a qualquer um outro o direito de exigir que todos seguissem os costumes judaicos, porém o que Paulo faz é o oposto. Paulo defende a desobrigação aos gentios de seguir tais costumes, esse entendimento foi unânime no primeiro concílio de Jerusalém, mais ainda assim havia àqueles que não aceitavam tal entendimento.

Se fizemos um breve resumo de quem era Timóteo, é claro que precisamos falar de quem era Paulo: Saulo ou Sha'ul. Nascido na cidade de Tarso da Cilícia, instruído no Judaísmo em Jerusalém aos pés de Gamaliel (Gamli'el) em toda a Torah o qual foi extremamente zeloso (ver Atos 22. 3) Circuncidado ao oitavo dia (b'rit-mílah) filho de Israel por nascimento da tribo de Benjamim (Binyamin) Fariseu (parush), irrepreensível quanto a Lei (ver Filipense 3.5,6) Haveria entre os escritores do Novo Testamento alguém com maior interesse de que o costume dos judeus fossem acrescidos entre os integrantes da comunidade cristã mais do que Paulo, com todo esse seu histórico no judaísmo? É claro que não. 

Vale ressaltar que esse grupo de judaizantes na igreja primitiva era pequeno, porém influente pois eram persuasivos. Eu explico os motivos: O judaísmo é fascinante em toda a sua essência. Os símbolos, os objetos, as festas, a liturgia, a história, os patriarcas, o templo e tudo o mais, todas essas coisa possuem um apelo muito forte. Não só um apelo, um significado extremamente importante. Porém, a questão é: Importante para quem? Qual o significado de tudo isso?

Todo o meu respeito aos símbolos e tudo o mais. Eu sei o que eles significam.

Vale ressaltar que um número grande de judeus da época creram que Jesus era o messias e até mesmo sacerdotes, porém, a maioria não. (ver Atos 4.4 e Atos 6.7)

"Crescia a palavra de Deus, e, em Jerusalém, se multiplicava o número dos discípulos; também muitíssimos sacerdotes obedeciam a fé" (Atos 6.7)

Porque todos não creram? Porque esse grupo se opunha a Paulo?O que Paulo pregava de tão estranho para eles?

Paulo pregava a palavra de Deus, entendam que não havia o Novo Testamento, então o que Paulo falava estava escrito no Antigo Testamento. Eis alguns dos motivos da não aceitação: Inveja (Atos 13.45) Falta de discernimento (Lucas 12.56) e Dureza de coração (Mateus 13.15)

"Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho por mim anunciado não é segundo os homens. Porque não o recebi, nem aprendi de homem algum, mas pela revelação de Jesus Cristo" (Gálatas 1.11,12)

Que revelação era essa?

De forma bem resumida, Paulo está dizendo que todas as promessas e profecias descritas na Torá: (Pentateuco) Os cinco primeiros livros de Moisés, nos Profetas (Josué, Juízes, Samuel, Reis, os três profetas maiores e os doze menores), nos Escritos: Samos, Provérbios, Jó, Cânticos, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Ester, Daniel, Esdras, Neemias e Crônicas (Estou usando a Divisão Judaica da bíblia) apontavam e tem o seu cumprimento em Jesus.

Meus total respeito ao povo judeu, afirmo que tenho grande admiração por esses que chamo de meus irmãos na fé. Temos em comum o mesmo pai na fé que é Abraão, cremos na mesma escritura, cremos no mesmo e único DEUS. Estou certo que em tratando-se do contexto histórico, cultural e significado dos originais eles são mestres, não há outra fonte se não eles no que diz respeito as escrituras, afinal, a bíblia foi escrita por judeus, no contexto judaico e os que deram início a igreja também eram judeus. Não estou me opondo a ninguém, porém é necessário deixar claro de quem é quem, e o mais importante, em que momento estamos no plano de Deus. É disso que se trata.

Para nós que cremos, a bíblia é a palavra de Deus e por tanto a maior autoridade em qualquer assunto. Bom, ela diz que Deus fez de ambos, um só povo. 

"Portanto, lembrem-se de que anteriormente vocês eram gentios por nascimento e chamados incircuncisão pelos que se chamam circuncisão, feita no corpo por mãos humanas, e que naquela época vocês estavam sem Cristo, separados da comunidade de Israel, sendo estrangeiros quanto as alianças da promessa, sem esperança e sem Deus no mundo. Mas agora, em Cristo Jesus, vocês, que antes estavam longe, foram aproximados mediante o sangue de Cristo. Pois ele é a nossa paz, o qual de ambos fez um e destruiu a barreira, o muro de inimizade, anulando em seu corpo a Lei dos mandamentos expressa em ordenanças. O objetivo dele era criar em si mesmo, dos dois, um novo homem fazendo a paz, e reconciliar com Deus os dois em um corpo, por meio da cruz, pela qual ele destruiu a inimizade. Ele veio e anunciou a paz a vocês que estavam longe e paz aos que estavam perto, pois por meio dele tanto nós como vocês temos acesso ao Pai, por um só Espírito. Portanto, vocês já não são mais forasteiros, mas concidadãos dos santos e membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular, no qual todo edifício é ajustado e cresce para tornar-se um santuário no Senhor. Nele vocês também estão sendo edificados juntos, para se tornarem morada de Deus por seu Espírito" (Efésios 2.11-22)

O que Paulo está dizendo é que não há diferença, superioridade, meritocracia por idade ou algo do tipo, Paulo está dizendo que todos usufruímos dos mesmos privilégios, acesso, direitos e deveres. Os que creem em Jesus são um só POVO independente se sua nacionalidade ou cultura. O que nos une como um só é a fé em Jesus.

Agora o que me espanta é que alguns "cristãos" ficam tão perplexos diante de um rabino. Eu não entendo! Calma, não estou diminuindo e nem sendo desrespeitoso. Um rabino deve ser respeitado, e mais ainda entre o seu povo, mas, se este não crê que Jesus é o messias, então lhe falta clareza sobre a palavra de Deus. Um dia desses fiquei perplexo ao ver um "estudioso" cristão gaguejando diante de um rabino, eu até entendo o receio de pronunciar palavras em hebraico diante de um nativo, isso eu entendo, agora o que não entendo é o receio de falar de assunto que é de seu domínio como se temesse a reprovação. Claro que não se trata de uma questão de disputa, mas quero deixar claro. Não estamos em situação de inferioridade, cremos no mesmo Deus, temos os deveres, porém, temos também os mesmos direitos. Não sou quem diz, é a palavra de Deus.

Meu irmão, todo o meu respeito e reconhecimento ao povo judeu, todo o meu respeito aos "mestres" judeus, mas, para mim a curiosidade que tenho a respeito é no sentido da pronuncia correta de palavras em hebraico, seu significado e ao contexto cultural no qual foi escrito a bíblia. Nada mais do que isso. Vejamos o que diz a bíblia:

Neste ponto desejo mencionar o que está escrito no Livro aos Hebreus. Alguém disse que Paulo teria sido o escritor desse livro. A forma, a escrita, detalhes sobre a lei; os objetos do templo, os sacrifícios e o serviço sacerdotal, levam a crer que alguém como Paulo que possuía grande conhecimento sobre tudo isso poderia ser facilmente o autor desse livro, mas, não há provas conclusivas, então sua autoria é incerta. O escritor ao hebreus nos diz que tudo o que se refere a Velha Aliança, ao templo com todos os seus objetos, utensílios, as festas e os acontecimentos descritos no Antigo Testamento apontam para um único alvo: Jesus. O escritor no primeiro capitulo nos diz assim: "O filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser" (ver Hebreus 1.3) e mais, o escritor nos diz que todas essas coisas: Festas, eventos do passado, sacrifício, o sábado, a pedra, o templo, a serpente do deserto, o sacerdote, o cordeiro pascoal, todas essas coisas eram a sombra de Cristo, ou um tipo de Cristo. Agora a minha pergunta é: Se todas essas coisas eram uma figura, ou sombra de Cristo, então, porque eu devo ficar olhando ou usando essas coisas se o Messias já veio e está entre o seu povo? Não há lógica, e digo mais, além de ignorância é um desrespeito por tudo o que Jesus passou para consumar a obra de salvação. Vejo nas plataformas sociais, nos podcasts pessoas iludidas, perdidas, revisitando coisas que já perderam o propósito de EXISTÊNCIA. Eu respeito o povo judeu, já disse que os amo, respeito a fé, a palavra de Deus que é a base de sua existência é nossa. Possuímos a mesma origem, viemos do mesmo Deus, do mesmo antepassado, temos o mesmo pai na fé que é Abraão (ver texto) meus irmãos, porque olhar para todas essas coisas como alguns judeus olham, eles olham para elas e sabem que elas apontam para o messias, mas alguns deles ainda estão esperando o Messias enquanto que nós sabemos que o Messias já veio!

De acordo com o ensino de Cristo o nosso olhar para o passado está na obra executada por Jesus, e não nas figuras que o representavam. (Lucas 22.19) "E, tomando o pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim"

Entenderam que o nosso olhar para o passado é para aquilo que aconteceu e não para as sombras do que vai acontecer?

Quero mencionar um fato ocorrido em Israel no ano de 2007. Um afamado e conceituado rabino YTZHAK KADURI, causou grande alvoroço ao ter revelado o nome de YESHUA (Jesus) como sendo o Messias, disse ele que havia tido um encontro com o Messias. Seus discípulos testemunharam que o rabino que era considerado Rosh Hamekualim (Cabeça dos cabalistas) em seus últimos sermões sempre citava sobre o Messias e que sua vinda estava próxima. Rabino Ytzhak Kaduri morreu em 2006 mas deixou registrado na história algo sobre o Messias Jesus. Fonte: http://shalom-israel-shalom.blogspot.com.br e http://judeus.blogspot.com.br

O que isto tem a ver com a igreja? em termos de confirmação, nada!. Pois a revelação de Jesus para a igreja já é uma realidade a mais de dois mil anos, mas este episódio mostra uma coisa, que o povo judeu nos últimos dias receberá revelações sobre o Messias. "E aos violadores do concerto ele, com lisonjas, perverterá, mas o povo que conhece ao seu Deus se esforçará e fará proezas. E os sábios entre o povo ensinarão a muitos" (Dn 11;32,33) Enquanto esta geração recebe a revelação, a igreja no em tanto já a tem. Posto isto veja o que disse Jesus: "Por que a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado" (Mt 13.11)"Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu, para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou, e as notificou a João seu servo" (Ap 1.1)"Mas todas estas coisas são o principio das dores" (Mt 24.8) e Paulo fortalece esta ideia pois, ele como participante do reino recebeu o conhecimento e disse: "Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, já não estais em trevas para que aquele dia vos surpreenda como um ladrão" (1Ts 5.3,4) 

Observem algo aqui meus irmãos, Deus nos deu a revelação, ou seja, Ele revelou-se e nos trouxe a verdade sobre todas as coisas. Não somos melhores do que ninguém, não podemos cair no erro de olhar com hostilidade para os nosso irmãos judeus e nem tão pouco olhar com superioridade. Na verdade o propósito de Deus sempre foi e será fazer de ambos os povos um só povo. No reino de Deus não existe espaço para diferenças ou divisões. Esse tema é delicado e já causou no passado por ambas as parte vários conflitos. Não é isso o que Deus quer. Já foi dito no passado que somos o novo Israel, isso é um engano. Só existe um Israel, assim como existe um só povo de Deus, e este é composto por todos os que se reúnem em seu nome. Quanto a revelação do Messias, chegará o tempo que toda a nação de Israel saberá quem ele é. Sei que há muitos lá que já sabem, nós já sabemos, porém haverá um momento em que estaremos todos juntos como um só povo, um só rebanho e todos teremos o mesmo pastor. 

A diferença entre o judaísmo e cristianismo.

O judaísmo olha para o passado e para os símbolos sabendo que todas essa coisas apontam para o Messias que virá, enquanto que o cristianismo olha para todas essas coisas e sabe que o Messias já veio. Eles aguardam a chegada do Reino, nós, já vivemos a realidade do Reino.

Para uma leitura mais detalhada sobre a chegada do Reino de Deus ver no link abaixo.

https://prrolandrosilva.blogspot.com/2015/08/venha-o-teu-reino.html, 

Resumindo, assim como a vinda do Messias se dá em duas etapas, da mesma forma o Reino também. Jesus vai nos dizer que: O Reino é chegado (Mateus 4.17/10.7 ARC) O Reino está próximo (Lucas 19.11/Lucas 22.18) parece uma contradição mas não é. Há uma explicação para isso. O Teólogo Gerge Ladd em seu livro: A PRESENÇA DO FUTURO nos dá uma explicação qual compartilho. "O Reino de Deus vem de forma imediata e verdadeiramente, mas de forma parcial para todos aqueles que depositam a sua confiança em Jesus...Entretanto, no futuro, no final da história da era presente, quando Jesus retornar, ele vai inaugurar o Reino de forma completa". 

Eis a grande questão. Para os que questionam a messianidade de Jesus, a falta de paz na terra é a prova de que ele não é Messias, pois se fosse, haveria paz na terra, uma vez que missão do Messias é trazer a paz. Vejam o que disse Jesus: "interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus lhes responde: Não vem o Reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque O Reino de Deus está dentro de vós" (Lucas 17.20,21)

Mais uma vez os recomendo a uma leitura mais aprofundada sobre o Reino de Deus  e as provas de que Jesus é o Messias:

https://prrolandrosilva.blogspot.com/2015/08/venha-o-teu-reino.html

Não usamos de desculpas esfarrapadas e engendradas, cremos no que diz a palavra de Deus e cremos no testemunho dos que presenciaram a chegada do Messias: "O que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho, Jesus Cristo." (1 João 1.3)

Não há dúvidas de que o Messias já veio, seu nome é Jesus (se preferir: YESHUA) a promessa se cumpriu e está em progresso da sua totalidade. Tudo o que no passado foi mostrado, construído (Templo e seus objetos), as festas, a liturgia, o sacerdócio e tudo o mais apontavam para Ele. Jesus. 

Há muito para ser dito, tantos livros escritos falando do assunto. Não pretendo me alongar ainda mais. Finalizo dizendo: Há uma grande diferença entre os que olham para os símbolos, guardam dias e etc e nós que cremos no cumprimento da promessa.

Como o próprio Jesus disse: "Eu, porém, vos digo que Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram, como a seu respeito está escrito" (Marcos 9.13)

Ele era a pedra que os seguia no deserto (1 Coríntios 10.4), ele era a pedra que os construtores rejeitaram e que tornou-se pedra angular (Atos 4.11) ele é maná (João 6.51) O cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1.29) Jesus é maior que o Templo (Mateus 12.6) Maior que Moisés (Hebreus 3.3)  Ele é maior e é senhor do sábado (Marcos 2.28) Não é apenas senhor, ele é o nosso sábado, o nosso descanso (Mateus 11.28) 

O escritor aos hebreus nos diz que o Povo de Deus aguarda um descanso. "Portanto, resta um repouso para o povo de Deus" (Hebreus 4.9)

Nós aguardamos o repouso de toda a nossa labuta, até que esse dia chegue, continuaremos em nossa jornada, crendo, confiando e anunciando a mensagem do evangelho, as boas novas de salvação. Como diz o profeta: "Olhem para ele e sejam salvos" (Isaias 45.22/João 3.14,15)

Ele é o cumprimento de todas as coisas. Ele é Jesus, ele é o salvador, ele é o Messias. 

"Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, neste últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo" (Hebreus 1.1,2)

Ainda mais, a bíblia diz que para ele é que todas as coisas convergem (Efésios 1.10)

Para finalizar, nas palavras de Jesus: "ele veio para cumprir a lei e os profetas" (Mateus 5.17) Nas palavras do Pai: "Este é o meu filho amado, em quem me comprazo; a ele ouvi" (Mateus 17.5) Neste último episódio, diante de Jesus estão Moisés e Elias. A lei e os profetas. Deus diz: Ouçam o meu Filho.

Ele é o cumprimento de todas as coisas, ele é voz a ser ouvida.

Na fé, na certeza e na esperança 

R.Silva






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