terça-feira, 15 de outubro de 2013

Onde estão os sete mil ?


"Também eu fiz ficar em Israel sete mil: Todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que não o beijou" (1Rs 19.18)

A história de Elias, é sem dúvida uma das histórias mais empolgante do antigo testamento. Elias é um tipo de herói nacional de Israel. Elias surge de forma repentina no cenário, uma espécie de tempestade invadindo o palácio do ímpio rei Acabe (1Rs 17.1) até então este homem natural de Gileade, de um vilarejo onde nem se sabe ao certo a sua localização. Elias é um homem rústico, chegando a beira do brutal, mas, Deus usa ferramentas de acordo com a situação. Para a realidade de Israel, não podia ser usado um bisturi, era necessário mesmo uma espada. Elias é esta espada, que disfere um golpe profundo ao invés de um pequeno corte. Elias sai do anonimato para se tornar o homem mais conhecido em Israel. Um séquito de fãs passam agora a segui-lo, Elias se torna popular, querido, admirado. Mas este homem está longe de querer ser um popstar. ele se auto denomina como o homem que está perante a face de Deus (1Rs 17.1) e ele quer continuar assim, na presença de Deus, e para isso, ele sabe, é necessário humildade e reconhecimento de que Deus é tudo, e o homem não passa de um ser limitado. Elias se torna um exemplo, sua vida nos trás lições. Elias vive o ápice de um ministério, contempla a grandeza de Deus no monte Carmelo quando vê o altar e o sacrifício sendo consumido pelo fogo vindo da parte de Deus. Logo após este capítulo magnifico de sua vida, Elias está fugindo, abandonando seu discípulo, e pedindo a morte para si. Elias se esconde na caverna (Há momentos que uma caverna é necessária em nossa vida) mas o fato aqui é que Elias está fugindo, para Elias aquela era a caverna da fuga, para ele aquela caverna era esconderijo. Mas, quando Deus tem um propósito na vida de alguém, não adianta fugir, pois Ele te acha. Deus achou Elias ali, no monte Horebe, escondido, perdido, errante, e Deus lhe pergunta: "O que fazes aqui Elias?"(1Rs 17.13), esta pergunta é o máximo! Imagine se Deus não sabia?, é lógico que Deus sabe de todas as coisas!; mas, e nós, sabemos o que estamos fazendo? para onde estamos indo com nossas escolhas e decisões? Elias diz: "Mataram todos os teus profetas, só eu fiquei" (1Rs 17.14). Calma ai Elias, não é bem assim a história, não se acabaram os profetas, Deus reservou para si sete mil. Chegamos ao ponto que eu queria, onde estão os sete mil?
Vamos analisar os fatos por trás do texto em questão. Israel é governada por um rei ímpio, para piorar ainda mais, a rainha é uma mulher cruel, idolatra e patrocinadora desta terrível religião. Jezabel não promove apenas a sua religião, como também persegue e mata a todos que se opõe a ela. O texto bíblico nos afirma que, Obadias escondeu cem profetas em cavernas (1Rs 18.13), mas aqui temos apenas cem, ainda está longe do numero de sete mil. Toda ação leva a uma reação, vivemos dentro de uma realidade natural, onde essa realidade é afetada por uma ação espiritual, quando Deus quer agir, ele cria situações que nos levam a uma reação, nos colocando dentro do centro de sua vontade. Deus é soberano, e pode agir quando quer, e da forma que quiser, e ninguém pode impedir. No em tanto, Deus respeita a nossa estrutura e nossa realidade. Para por em efeito seu plano ele nos impulsiona através de situações. Há dois texto aqui que reforçam esta ideia: 1) (ver Juízes 6.11-) Gideão está vivendo dentro de um turbilhão de situações que irão levá-lo a uma atitude. Gideão fica indignado com a situação, e isto o leva a uma atitude, quando o mensageiro de Deus chega até ele, Gideão está pronto. 2) "Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com seu propósito" (Rm 8.28 NVI) Deus estava agindo na vida de Gideão através das circunstâncias da vida a fim de despertar o seu escolhido para usá-lo na sua obra. Os sete mil, estavam levando a sua vida comum, vivendo as circunstâncias, rindo, chorando, correndo, andando, acima de tudo vivendo e vendo as coisas ao seu redor. Quando somos despertados por Deus para algo, e isso nos estimula a buscar mais à Deus, a pedir justiça, livramento, salvação; quando clamamos por uma intervenção divina, quando somos impelidos a falar de Deus, quando escrevemos algo motivados por algo que nos despertou, seja algo bom ou ruim, isso é Deus despertando seus escolhidos. Elias some por um momento, e isso levou alguns anos, ele some para que então apareça um dos sete mil, agora é a vez de outro. Capítulo vinte e dois do primeiro livro de Reis, Acabe está planejando reaver a cidade de Ramote-Gileade, e para esta empreitada ele precisa do apoio de Josafá, rei de Judá. Acabe decide consultar os profetas antes de ir a peleja, de acordo com o texto são quase quatrocentos (1Rs 22.6) todos a uma só voz declaram que deve subir, pois o senhor entregaria a cidade nas mãos do rei. Josafá por alguma razão (Veja como Deus age) decide ouvir uma segunda opinião, eis ai o meio para surgir um dos sete mil. Josafá pergunta: "Não há aqui ainda algum profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?" (1Rs 22.7) Falar de profeta no tempo de Acabe, qual o nome que vem a mente? Elias é claro, mas neste caso não é o nome de Elias que é mencionado, e sim o de um outro, que, até então é desconhecido; seu nome é Micaías, filho de Inlá (1Rs 22.8) Ele surge em um momento da história de suma importância, todos os que são escolhidos por Deus, ocupam um lugar fundamental para o cumprimento do propósito de Deus aqui na terra, estes sete mil, estão por ai, vivendo no anonimato, passam despercebidos por todos, mas não aos olhos de Deus. Deus os reservou para um momento especial, para surgirem e cumprirem a sua missão aqui na terra. Não importa quão grande possa parecer a missão, quão difícil possa ser, aquilo que os outros não podem realizar está reservado para os sete mil. Tem muito Acabe sentado no trono, tem muitos falsos profetas falando a mentira, muitos estão dizendo assim diz o Senhor, quando na verdade Deus não falou e nem os mandou, mas quando os escolhidos abrem a boca, Deus confirma provando que foi Ele quem os enviou, e os sinais comprovaram isso.
Onde estão os sete mil?
É possível que alguns deles estejam neste exato momento lendo este texto, texto escrito por um deles também. Eu tenho esta convicção, isso não é pretensão, e sim, certeza de ser um escolhido.
Brevemente seremos acionados por Deus, no momento, muitos de nós estão vivendo as circunstâncias da vida, estão talvez chorando, inconformados com a situação, indignados com o que está diante de seus olhos. Um conselho, não se desespere; canalize este sentimento, e passe-o no filtro do propósito de Deus, então verá, que isso que te entristece ou aborrece é parte de sua missão.

Com amor, paciência, certeza e fé.
R.Silva

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Sinais que antecedem

"Assim como foi nos dias de Noé, será também nos dias do Filho do homem: Comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca, e veio o dilúvio e destruiu a todos. O mesmo aconteceu nos dias de Ló: Comiam, bebiam, compravam, vendiam, plantavam e edificavam; mas no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu fogo e enxofre, e destruiu a todos. Assim será no dia em que o Filho do homem se manifestar". (Lc 17.26-30)

Como definir este nosso tempo?
Em que momento da história humana estamos vivendo?

Hoje ouvi alguém falar sobre o fim de todas as coisas. Interessante o que a pessoa disse, mesmo não concordando com ela. O fato de não concordar se dá exatamente por aquilo que a palavra de Deus nos revela. Existem muitas especulações sobre o assunto, muitas divagações, e presunções. Quanto ao nosso tempo e ao futuro, devemos nos ater a palavra de Deus, pois, ela é e sempre será a última palavra.
Diz o escritor aos Hebreus: "Havendo Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, nestes últimos dias nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as cousas, pelo qual também fez o universo. Ele que é resplendor da glória e a expressão exata do seu ser, sustentando todas as cousas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da majestade nas alturas". (Hb 1.1-3) Não há uma pessoa mais indicada do que Jesus para nos dá explicações sobre o tempo presente e o porvir.
Como já mencionei em outra postagem, existem quatro métodos de interpretar um texto: "P Shat (Simples) Remez (Dica) Drash ou Midrash (Busca) e Sod (Segredo) e isto tudo encontramos nas palavras de Jesus. Ele, em sua parábola nos dá muitas dicas sobre este programa escatológico de Deus. No decorrer de toda história humana, desde seu inicio e no decorrer, Deus vem mantendo durante o curso da história humana o seu programa, e nada tem saído ao seu controle. Quando Jesus fala aqui nesta parábola sobre os dias que antecedem a sua manifestação, ele assim o faz, logo depois de uma pergunta feita por um grupo de fariseus (Lc 17.20). Quem eram estes fariseus? vamos defini-los: Com a destruição do templo, os cativeiros e o fim do sistema sacrificial, um movimento que se apoiava na torá e favorecia sua adaptação as necessidades diárias surgiu e se fortaleceu no tempo dos Macabeus no segundo século.  Dois grupos surgiram; primeiro foram os Hasidim (piedosos) depois os P rushim (separados) que adaptado ao português é Fariseus, eram chamados assim por que se separavam do modo mundano. Estes fariseus não apenas assumiram que o Tanakh era a palavra de Deus, mas também consideraram que toda tradição acumulada ao longo dos séculos pelos sábios e mestres eram de igual modo a palavra de Deus, a chamada Torá Oral. Estes fariseus além de guardadores da tradição e da lei eram também interpretes da Torá. Jesus responde a pergunta e a divide em dois. 1) Para os fariseus Jesus fala do reino, e diz que ele não se dará de forma visível. 2) Para seus discípulos Ele faz uma afirmação sobre os dias que antecedem a sua vinda, e descreve quais os sinais que antecedem este evento.
Os sinais:
Na verdade estes sinais se referem a atitudes humanas, que, quanto mais se aproxima o dia do Filho do Homem mais se intensificarão estes sinais.
Dias semelhantes aos de Noé. (Gn 6.5-7) Estes dias foram marcados por atos de rebeldia a palavra de Deus, violência e crueldade por parte dos homens. Neste período, somente Noé e sua família alcançaram o favor do Senhor; eram estes piedosos, mesmo vivendo em uma sociedade rebelde a Deus.



Dias semelhantes aos de Ló. ( Gn 19) Foi um período em que os homens se entregaram completamente as paixões infames, a sensualidade grassava em todas as classes sociais, alcançando até mesmo as autoridades do governo. A prostituição, a homossexualidade era praticada em grande escala, e apoiada pelo próprio governo.

Olhando para estes sinais descritos por Jesus, podemos perceber o nosso tempo. Estamos vivendo dentro do programa escatológico de Deus, este programa segue rigorosamente o curso descrito por Deus através de seus profetas no passado, e de todas as dicas deixadas por Deus. Jesus esclarece os fatos, e de forma precisa como somente Ele poderia fazer, pois, sendo o Filho de Deus tem acesso aos mistérios e planos, pois compartilha da mesma essência, ele, Jesus, nos alerta através destes sinais de que sua vinda é iminente, e se dará a qualquer momento, uma vez que estes fatos descritos por Jesus estão evidentes em nossos dias e estão patentes aos nossos olhos. Alguém poderia dizer: A maldade e atos promíscuo dos homens sempre existiram...Mas eu digo, não desta forma, e da maneira descrita por Jesus. São sinais que precisam ser observados. Nunca vimos tanta violência, nunca vimos os homens se entregarem com tanta avidez assim ao pecado da luxuria como em esses dias.
Tire a suas conclusões, e perceba que, estes são os dias preditos por Jesus.

Na esperança e fé.
R.Silva