sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Pegadas

Uma rica herança

Eclesiastes 1.11 "Ninguém se lembra dos que viveram na antiguidade, e aqueles que ainda virão tampouco serão lembrados pelos que vierem depois deles".

Faz parte da vida humana a preocupação de sua memória, os homens desejam ser lembrados,deixar sua marca, seu nome para a posteridade. Na verdade acredito que isso seja algo importante, não pelo fato de ser eternizado por seus feitos, e isto movido por um sentimento de vaidade, mas sim pela realização de algo que realmente venha valer apena.
Acredito que o homem deve contribuir para a geração seguinte, acredito que, se pensarmos assim não estaremos sendo egoístas ou vaidosos, e sim altruístas.
Salomão acreditava que, uma geração posterior não se lembraria daquela que passou. Viver sem um passado é triste, não ter um passado para ser lembrado e apreciado, é o mesmo que ter vivido sem expectativa no futuro. Para sermos lembrado, é necessário desenvolvermos algo de grande relevância, de forma que isso sobressaia o comum, seja exatamente aquilo que o outro precisa, mas que ninguém teve coragem ou disposição para fazer. Não importa se isto, ou esta obra seja pequena, ou mesmo grande; se seu ato foi feito a um individuo, ou a vários, não importa o tamanho, e sim o efeito. Obras marcantes tornam-se heranças perpétuas. 
Ainda bem que na história mundial temos muitos nomes que fizeram coisas que falam por si só, suas obras os seguem (Ap 14.13) (calma não estou me referindo de salvação, ou mérito;  fiz apenas um citação!) e quando me refiro que suas obras os seguem, quero dizer com isso que, eles serão lembrados por aquilo que fizeram. O valor de um homem é medido por aquilo que ele faz, e não por aquilo que diz. Fazer, realizar, executar, são coisas importantes.
O que estamos deixando para a geração seguinte? cada um de nós contribui neste processo seja em grande escala ou em pequena; seja alcançando uma pessoa, uma família, um grupo, uma nação. O importante é se temos a consciência disso.
No caso da fé, a Bíblia diz que, esta herança deixada torna-se fundamental para o crescimento e propagação e firmeza da verdade que refletirá em bençãos para a população mundial, pois ela resultará em coisas eternas. A irmã Lóide deixou uma herança de fé, esta herança foi deixada para sua filha, que por sua vez deixou para seu filho, e este transmitiu a muitos (2Tm 1.5).
Deixar pegadas para que outros nos sigam deve ser nossa missão.
Que estas poucas e simples palavras possas influenciá-lo de alguma forma para que você me siga neste conceito que não é meu, mas que recebi de outro, e que outros possam segui-lo também.

Que Deus continue sendo glorificado através de você.
Em Cristo: Rolandro Silva.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Dualidade Humana

Romanos 7.18,19,20

"Sei que nada de bom habita em mim, isto é, em minha carne. Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo.
Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse continuo fazendo.
Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim"

Todo homem, independente de quem ele seja, enfrenta esta realidade. Somos formados por uma tricotomia (espírito, alma e corpo) cada uma destas partes possui sua necessidade, e se alimenta daquilo que é seu. Saber lidar com isto é o segredo. Não adianta omitir, desconhecer, falsificar este impulsos, eles são intrínseco a natureza humana.
Paulo descreve a sua realidade, e fala sobre estes impulsos que o influenciam em sua ações, ele descreve isto como uma força que o domina, que o afunila, que leva-o a fazer o que não quer; talvez você diga: "isso é coisa de quem não tem o Espirito de Deus; isso é coisa de carnal", mas me diga, você que tem o Espírito. Quantas vezes você errou mesmo sabendo que deveria fazer o que era o certo e teve a oportunidade para isso? ou quantas vezes foi mais fácil contar uma mentira, quando deveria ter contado a verdade? esses são exemplos simples que mostram esta dualidade presente em cada um de nós.   Não estou aqui defendendo o obscenidade, o pecado, e nem tão pouco quero me apoiar na fraqueza humana; devemos nos apoiar em Deus, pois se somos fracos, no entanto Ele é forte e a nossa força está em Deus.
Caminhe comigo um pouco mais. Paulo, ao tratar deste assunto, revela esta realidade humana, o homem possui fragilidades, debilidades, e isto não tira a fé, muito pelo contrário, fortalece. Paulo vê que sua confiança na lei e na prática religiosas, e a sua defesa por seus dogmas e costumes não lhe garantiam direito ao céu, pois o homem jamais poderia alcançar a justificação por méritos oriundos de qualquer lugar a não ser de Deus. Paulo chega a dizer: "Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo sujeito a esta morte?" (Rm 7.24) Paulo percebe que necessita da graça interventora de Deus, se não ele estaria perdido, esta é a única certeza que tem.
O homem sem Deus está destinado a separação e perdição eterna, somos o resultado de nossas escolhas e nossas ações, o homem carnal, e completamente carnal se alimentará cada vez daquilo que a carne pede, mas o homem espiritual, mesmo sendo ainda carnal buscará alimentar mais o espírito com as coisas do espírito, pois, aquele que for mais forte nele, será o que dominará e influenciará em suas decisões e escolhas.
Paulo enxergou a luz, e não foi apenas naquele episódio quando estava caminhando em direção a Damasco. Paulo enxergou a luz aqui também, ele vê uma saída e diz: "Graças a Deus por Jesus Cristo, nosso Senhor" (7.25a) esta sua exclamação fala profundamente e traz verdadeiro alivio para sua alma e lhe acalma o coração quanto a este dilema, pois ele vê que Deus enviou Jesus para nos salvar de nós mesmos também,  quando Cristo se torna Senhor de nós passamos a receber autoridade necessária para vencer a carne, pois agora possuímos um fortíssimo aliado. Devemos reconhecer esta composição humana, porém jamais podemos esquecer que seremos capazes de vencer-nos a nós mesmos através de Cristo.
Se o filho vos libertar verdadeiramente sereis livres. (Jo 8.36)
Em Cristo somos mais que vencedores.

Que a Paz de Deus permaneça com todos.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Deus nos conhece

Deus nos conhece Salmo 139 Deus conhece o homem, e isto é uma realidade; isto parece soar estranho não é mesmo? Talvez alguém diga: “é claro que Deus nos conhece, Ele é oniciente!”, e eu confirmarei e aceitarei isso com muita facilidade. O próprio salmista Davi escreveu sobre isso; aliás, Davi levanta uma questão teológica, e afirma que Deus é oniciente neste salmo. Davi não está aqui dando explicações teológicas, mesmo que isso acabe ocorrendo naturalmente; porém, o salmista está relatando uma experiência particular, mas que essa passa a ser coletiva, mesmo que nem todos possuam esta crença e conhecimento. Davi lança fundamentos ao dizer: “Senhor, tu me sondas e me conheces”. Davi está falando de um interesse de Deus, não em vasculhar a nossa vida, como se ele fosse um policial, e nós suspeitos de algum crime; não, Deus nos sonda porque se importa e se preocupa. Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, nos deu atributos, que são os atributos comunicáveis de Deus: bondade, justiça, amor e etc. não quero aqui levar para este lado, não quero perder o foco da abordagem pretendida humildemente. Deus criou o homem, e desde então ele o acompanha, e conhece todos os seus passos dentro deste processo evolutivo, como ser humano sociável que é. O homem vive seus dilemas, traumas, ações e reações; o homem tem seus medos, suas frustrações. O desenvolvimento do homem é acompanhado de perto por Deus, na verdade, Deus o conduz, e justamente assim o faz para que este venha a amadurecer. Cada dia é um novo aprendizado, uma nova lição, uma nova experiência. O salmista diz: “tu me cercas por trás e pela frente, e pões a tua mão sobre mim” (139.5) Deus nos cerca com seu cuidado, com seu ensino, nos conduzindo na estrada da vida, prepara lições. O salmista diz que Deus é onipresente (v.7), ele está em toda parte, e o salmista só pode ver Deus assim por que na sua caminhada da vida percebeu que aquelas experiências tinham sido criadas por Deus. Se você olhar para o lado verá Deus, ai mesmo nesta pessoa, ou nesta situação; calma! Não estou afirmando que Deus é tudo, e que tudo é Deus, eu estou dizendo que Deus tem o controle de tudo, e cria, e faz, e está nesta imensidão que é o universo criado por ele e que não suporta a sua presença, pois ele é infinito. Eu não tenho como medir a Deus, e ninguém pode. As nossas expectativas, e conjecturas sobre Deus não passam disso: “conjecturas”, Deus é muito maior do que pensamos, ele nos conhece no mais intimo do nosso ser, ainda mais por que Davi era quem era. Davi era um homem como outro qualquer. Cheio de defeitos e imperfeições, e Deus o chama de um homem segundo o seu coração, Davi sabia que Deus o conhecia muito bem, e por isso não tinha medo de se aproximar dEle; não por que fosse desrespeitoso, ou mesmo sínico ao ponto de errar e achar que Deus seria complacente com seu erro! Não! Davi sabia que Deus não era assim, porém, ele sabia que Deus conhecia sua estrutura e por assim ser seria capaz de lhe entender, lhe ajudar, a conhecer a si próprio, na verdade o homem demora a conhecer a si mesmo, pois se assim fosse não cometeria tantos erros, sabendo que há uma natureza pecaminosa dentro de si, reconhecendo o mal que de tão perto lhe rodeia. O salmista sabe que Deus o conhece, e ainda assim o ama, e é o seu Deus; que olha para este ser criado, perfeito para Deus, e tão imperfeito; criado com perfeição, mas se mostrando imperfeito no seu agir. Os versículos 19 a 22 mostram um pouco desta maldade do homem. Ele sabe que Deus é misericordioso e bondoso, mas não consegue desejar esta bondade para aqueles que lhe aborrecem: “quem me dera matasses os ímpios, ó Deus! Afastem-se de mim os assassinos!”. “Tenho por eles ódio implacável! Considero-os inimigos meus!”(19,22) Assim é o homem! Leva tempo para entender, demoramos a aprender que Deus nos conhece, e por isso não podemos esconder defeitos, ele conhece todos, na verdade deixem que sejam expostos para que sejam expurgados. Quando chegamos a entender que Deus nos conhece é que chega a hora da mudança. “sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conheces as minhas inquietações. Vê se em minha conduta algo que te ofende, e dirigi-me pelo caminho eterno” (23,24). Depois que entendemos, aprendemos a andar com Deus, enxergar como ele enxerga, perdoar como ele perdoa, amar como ele ama. Estamos no caminho, Ele está ao nosso lado, Ele nos conduzira; não faltarão lições nesta vida, e precisamos aprender, a aceitar o processo, mesmo sabendo que é doloroso. Todo aprendizado leva tempo, não será da noite para o dia. Está escrito: “Estou convencido de que aquele que começou boa obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus” (Cl 1.10) Que Deus abençoe a todos. A paz do senhor.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Os vinte e quatro anciãos

Apocalipse 4.4-10 A visão que João tem do céu é fascinante! Na verdade, é ótimo o que Deus faz; Ele revela seus segredos para que o homem não imagine coisas, ou crie fantasias a seu respeito, ao céu, sobre a igreja, sobre Israel, e nem sobre o seu reino e propósito. Ainda assim existem loucos que fazem isto, mesmo estando ai a bíblia mostrando a todos, o que precisamos saber. As coisas reveladas pertencem aos homens, e as ocultas à Deus. Não precisamos especular, ou tentar decifrar os mistérios de Deus que não iremos conseguir, fiquemos com o que está revelado é melhor! Não quero aqui trazer uma explicação sobre os vinte quatro anciãos, e o que usarei sobre eles, será exatamente aquilo que se tem dito ao seu respeito, e fora isso, algumas aplicações que nos servirão de exemplos extraído das suas atitudes que serão muito úteis para nós. Deus nos presenteou com dois livros que são de grande importância para toda a humanidade: Gênesis e Apocalipse. Estes dois livros juntos(sem esquecer os outros é claro) revelam o começo de todas as coisas, e o fim também. Sem uma explicação detalhada, pois a bíblia não é um livro científico, e por ser assim não dá detalhes minuciosos de alguns assuntos. O propósito de toda bíblia é mostrar que Deus criou o homem a sua imagem e semelhança, este homem pecou, e Deus ao longo da história vem mostrando seu ato redentor para trazer este homem de volta ao seu lugar original. João contempla o céu aberto, e ali vê coisas imagináveis; a mente humana não seria capaz de criar um ambiente daquele visto por João, por esta razão temos o livro de apocalipse como o livro da revelação, pois revela além do cumprimento da palavra de Deus, e também de uma outra visão sobre todas as coisas. Saber olhar para o apocalipse é saber olhar para dentro de si; pois,o apocalipse revela quem somos de verdade. Andamos na verdade? somos santos? obedecemos a Deus? estamos prontos para o encontro com ele? Alguém um dia explicou que os vinte e quatro anciãos descritos no livro do apocalipse representam Israel e a igreja. Doze tribos e doze apóstolos. Vamos ficar com esta ideia, pois será a que usarei. Israel é vista como a menina dos olhos de Deus, e a igreja como a noiva do cordeiro. Israel e a Igreja possuem lugar de importância na presença de Deus; ambos possuem autoridade dada por Deus, gozam de direitos e benefícios; mas isso não quer dizer que não tenham deveres. O exemplo dos vinte e quatro anciãos. "ao redor do qual estavam os vinte e quatro tronos". Trono é símbolo de poder, de autoridade, de honra. Os vinte e quatro estavam sentados em tronos (4.4) "toda vez que os seres viventes davam glória, e honra e graças àquele que está assentado no trono e que vive para todo sempre, os vinte e quatro anciãos se prostram" (4.9,10). Eles se dobram, eles reconhecem que mesmo tendo autoridade, poder, honra, privilégios, ainda assim, Deus está assentado no trono, e é por causa dEle que todas as coisa acontecem, é por causa dEle que existimos, nEle vivemos e nos movemos, Ele é eterno e nós temporais, Ele é criador, e nós todos fomos criados por Ele, seja no céu ou na terra. Tanto Israel quanto a igreja devem prostrar-se em adoração a Deus,e dar honra e glórias ao seu nome. O exemplo que os anciãos nos ensinam é o de reverência e de reconhecimento. Não importa se somos honrados, ou possuímos algum tipo de "poder", Ele tem todo o poder, Ele é Deus soberano. Uma simples explicação, porém de grande valia para a nossa caminhada com Deus. Que Deus te abençoe. A paz do Senhor.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Bem vindo ao lar

Bem vindo ao lar Lucas 15.11-24 Lucas, o médico, o escritor, historiador e discípulo de Jesus, narra uma das mais belas parábolas contadas por Jesus. O Filho pródigo. contanos o evangelista que, um certo pai tinha dois filho, ambos trabalhavam com este pai, ambos possuíam suas responsabilidades, tinham suas vidas e etc. Um certo dia, o mais moço decide viver uma aventura, escolhe sair da casa deste pai, deixar seu lar. Fixado nesta ideia ele pede ao seu pai parte de sua herança, aquilo que ele achava que era seu por direito. Nesta sua aventura, ele vive muitas experiências novas. Experimenta coisas que não havia experimentado antes, essas novas experiências lhe trouxeram um resultado novo também, pois enquanto ele estava na casa de seu pai se lhe faltasse algo seu pai lhe supriria, mas agora ele se encontra só, pois os "amigos" sumiram, o provedor não estava ali, e o seu recurso acabara e com ele a impopularidade, ele antes era o "cara", agora era o "cara quebrado", ninguém quer olhar para um cara quebrado. As ilusões da vida, quando mostram a sua face trazem com sigo muitas tristezas. Quantos nesta vida já tomaram decisões semelhantes a deste jovem, quantos já imaginaram que o seu saber, e o seu querer seria melhor do que o daquele que nos criou, e nos orienta deste então como um pai um caminho mais que seguro e feliz!? Muitos seria a resposta. Voltando ao Jovem. Este jovem passa a experimentar algo, que durante a sua permanência na casa do pai ele foi poupado, este pai com certeza já havia advertido sobre este perigo, e esta realidade em que muitos vivem. A questão é a síndrome do jardim alheio: "A grama do jardim do vizinho parece ser sempre mais verde". Não se engane com isso, pois cada um tem o jardim que cultiva. A nova experiência lhe mostrou na alma e no corpo que a realidade longe da casa de seu pai era cruel; então ele resolve voltar, e este voltar não foi algo fácil, ninguém se engane quanto a isto; aquele que na vida enfrenta uma desventura demora muito para aceitar e engolir seu ego, e reconhecer que suas decisões foram a razão de sua dor, e que o outro estava com a razão; esta não é uma tarefa fácil principalmente para um jovem. Ele ficou processando esta ideia por um tempo. Ele faz sua especulações: o meu pai não vai me aceitar, eu vou passar por um grande vexame e etc. O que ele pensava a respeito do pai estava muito distante da realidade. Aquele pai, estava todos os dias na porta, aguardando o retorno de seu filho. Quando este filho, este jovem toma a decisão de voltar ao seu lar ele faz suas conjecturas, prepara um discurso e tudo mais, porém, não é isto que o pai quer; quando este pai avista seu filho, ele se move de intima compaixão e se lança ao pescoço deste filho e o beija, e acredito que foi o beijo mais demorado que um pai poderia dar em um filho, pois ali estava presente, o perdão, o amor e a salvação. Tudo isso se transformou em uma grande festa, pois o pai convidou a todos para que vissem seu filho que retornara. Este filho lhe trouxe muita alegria, pois sua decisão foi voltar para seu lar. O Pai aqui representa a Deus, o pródigo representa todos aquele que tomam decisões equivocadas, a a comida impropria para o consumo humano representa o oposto do que Deus nos oferece. Quantos gostariam de voltar? Quantos estão tomando esta decisão agora? Muitos ainda estão lá fora... Volte, seja bem vindo ao seu lar.. Que Deus abençoe a todos..