sábado, 28 de julho de 2018

Projetado para a adoração


Projetado para a Adoração
O templo do Senhor
2 Samuel 7.12,13
Esta magnífica construção de esplendor inigualável foi projetado por Deus para que ali os seus servos o adorassem e mantivessem um relacionamento verdadeiro e genuíno com Ele.
A ideia de um lugar para a adoração partiu de Deus, este projeto está diretamente ligado à necessidade intrínseca do homem. Desde a sua origem, encontramos o homem exercendo este ofício de adorador, a adoração de fato, dentro do contexto bíblico, vai além de uma homenagem, ou de honra, e sim uma reverência e reconhecimento do ser divino e poderoso que é Deus; é a forma como o ser humano se relaciona com o Ser divino. No livro das origens, no livro de Genesis encontramos Abel, Noé, Enoque, Enos, Abraão, Isaque, Jacó, Moisés, Jefté, Gideão, Débora, Daniel, Elias, Jeremias, todos estão adorando a Deus. Depois de o povo Hebreu ter passado longos quatrocentos e trinta anos ali no Egito (Êx 12.40), Deus resolve libertar o seu povo do domínio de Faraó, e os chamou, para que o adorassem no deserto. Ali, Ele lhes deu através de Moisés a planta do templo, inicialmente era uma tenda, um tabernáculo, o lugar era chamado de: “A tenda do encontro”. Posteriormente esta tenda daria lugar a um templo fixo, um lugar onde o povo de Deus se reuniria para adorar (Dt 12.18,21) Este lugar, atenderia inicialmente ao propósito de Deus, e posteriormente se mostraria como um tipo do ideal proposto. O templo, propriamente dito, possuía prescrições bem especificas, desde o material a ser usado, os móveis, os objetos, as cores, as cortinas, tudo deveria seguir as determinações de Deus. O templo mesmo só veio a existir no período do reinado de Salomão, esta obra estava entre as prioridades de seu governo, principalmente, pois, além de ter recebido de seu pai esta incumbência, também havia sido dito por Deus, que ele seria o que lhe construiria o Templo. Embora Davi tenha tido a ideia de construir um lugar fixo para a adoração, esta ideia em si, não teve sua origem em Davi, mas sim em Deus, como já foi mencionado à cima (Dt 12.18,21), Davi não pôde construir o Templo, mas no em tanto se preocupou com cada detalhe, e de seu próprio tesouro separou como oferta para o templo, além de organizar o serviço dos levitas e sacerdotes (1 Cr 22-29) são exatos sete capítulos dedicados a falar sobre como Davi preocupou-se com a construção do Templo. Salomão edifica o templo no quarto ano de seu governo (1Rs 6.1) logo após ter resolvido alguns problemas internos que poderiam lhe causar o enfraquecimento de seu reinado. O templo construído revela alguns aspectos espirituais em toda a sua construção. Todo o edifício em si, revela a santidade de Deus, pois toda a área que compreendia o Templo era sagrada, santa, o qual deveria ser respeitado, e visto com reverência. O templo, possuía 20 metros de comprimento, 9 de largura, por 13,5 de altura. Era feito com pedras preparadas antes de serem levadas para o local da construção e constituídos de três partes principais.
  • O vestíbulo ou pórtico
  • O salão principal ou Lugar Santo
  • O Santuário interno, chamado também de lugar Santíssimo ou Santo dos Santos, onde ficava a arca com os dez mandamentos.

Salomão também construiu três andares com salas nas laterais e na parte do fundo, usadas posteriormente como arsenal, tesouraria e biblioteca. De cada lado do pórtico, Salomão colocou uma coluna de bronze com cerca de 8 metros de altura com capitéis de cerca de 2 metros de altura e chamou a da direta de Jaquim e da esquerda de Boaz. As paredes do templo eram de cedro do Líbano.
Salomão revestiu todo o interior do templo, inclusive as paredes e o piso, com ouro, um metal que não lhe faltava, uma vez que a arrecadação anual era de mais de 23 toneladas de ouro.
Os utensílios do Templo
De acordo com o livro de Reis (7.23-26) os utensílios do templo eram estes: Um tanque de água semiesférico feito de bronze chamado de “mar de fundição”, usado para purificação cerimonial, Salomão mandou fazer também dez suportes móveis de bronze, cada um com uma bacia de bronze com capacidade de 880 litros, o altar de bronze, a mesa dos pães, o candelabro, o altar de incenso, a arca da aliança.
A bacia de bronze: Representa a purificação e o inicio da santificação.
A mesa dos Pães: Simboliza Cristo, “o Pão da Vida”.
O candelabro: Representa Cristo, “a luz do mundo”.
O altar do incenso: Representa a intercessão de Cristo na glória, e também a oração dos santos.
O altar do holocausto: Simboliza a cruz do calvário, o sacrifício perfeito do unigênito filho de Deus.
A arca da aliança: Simboliza a justiça e a presença de Deus.
A área do templo
O templo possuía três áreas distintas: O pátio, o lugar santo e o santo dos santos, ou lugar santíssimo. No pátio ficavam o povo, os adoradores, os ofertantes. No lugar santo, era lugar destinado para os oficiais do templo, sacerdotes e levitas. No lugar santíssimo, ali somente o sumo sacerdote podia entrar, e isso uma vez por ano.
Toda área do templo era consagrado, santo, esse termo santo no hebraico é: “Qadosh” sagrado, santo, dedicado; adjetivo usado para objeto, lugar, pessoas e etc.
No novo testamento este termo é “Hagiazõ” e “Hagios” para comunicar a mesma ideia.
O Templo no novo testamento
No novo testamento temos o templo de Herodes, é chamado assim, pois foi construído por Herodes o grande.
Um breve comentário.
Dos últimos governantes da Judéia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era Judeu. Seu pai, Antípater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabáteia. Em 47 A.C., os romanos nomearam Antípater governador da Judéia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito da Galiléia. Em 40 A.C., o Senado romano conferiu a Herodes o titulo de “rei dos judeus”, mas para obter o poder correspondente ao titulo ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitiar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma. Desta forma, então para aplacar o ódio do povo judeu, que eram seus súditos, pois não o viam com bons olhos, ele inicia um programa de construção audacioso, e maior projeto era sem dúvida o de construir um novo templo.
Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes toma como uma de suas dez esposa a Mariamne, neta do sumo sacerdote exilado Hircano II, e assim procurou legitimar o seu governo aos olhos dos judeus; isso não agradaria por completo o povo, então Herodes anuncia a reconstrução do templo do Senhor em Jerusalém. O anuncio foi feito no décimo oitavo ano de seu governo. A declaração não foi bem recebida, pois o templo de Zorobabel ainda estava de pé, e eles temiam que fosse uma forma de Herodes destruir o templo e não construir outro no lugar, porém Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo.
As pedras foram transportadas em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus “Em quarenta anos e seis anos foi edificado este santuário” (Jo 2.20)
Neste novo templo, o povo judeu prestava toda a sua adoração a Deus, e via este santuário como de fato um lugar sagrado. O historiador Flávio Josefo usa uma frase tirada do Talmude ( Baba Batrtha 4a ) “Quem não viu o templo de Herodes nunca viu uma obra magnífica”, esta frase de um rabino, pode expressar o orgulho do povo judeu em relação ao novo templo. Quando Jesus passa por ali, e é convidado a atentar para a magnitude daquela construção, ele declara: “Não ficará pedra sobre pedra” (Mt 24.2) e “derribarei este templo, e em três dias o levantarei...mas ele falava do templo do seu corpo” (J0 2.19-21)
Um novo templo
Os escritores do novo testamento foram testemunhas do surgimento de um novo templo, enquanto os judeus olhavam para o templo erguido por Herodes, Jesus nos faz olhar para outro templo, este foi erguido por ele e para ele. Um tabernáculo criado para a habitação de Deus e para morada do Espírito Santo. Esta ideia foi reforçada por Jesus. Sobre isto ele disse:
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (Jo 14.23) Paulo tem esta compreensão de um novo templo. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (1Co 3.16). A palavra de Deus, desde cedo nos preparava para a realidade de que: “Deus não habita em templo feito por mão humanas” (1Rs 8.27,30; Is 66.1; At 7.48) esta ideia ganha proporções no novo testamento, e principalmente nas cartas paulinas. Paulo compara cada crente com o templo, ele afirma que, nos dias anteriores a Jesus, Deus escolheu um lugar para se manifestar e habitar. Nestes últimos dias, no tempo em que estamos vivendo, este dia predito por Deus através do profeta: “Por tanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará a luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” (Is 7.14) É Deus conosco, Deus habitando entre nós, a ideia aqui é tabernacular, ou seja, Deus resolveu morar entre o seu povo. Ele escolheu habitar entre nós. (Ef 2.22) “No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”. Deus nos formou com suas mãos, nos edificou, nos consagrou, para que pudesse habitar entre nós; através de nós Ele resolveu manifestar a sua glória, “Mas todos nós, com a cara descoberta, refletindo, como espelho, a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória, na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2Co 3.18).
Lições do templo
Consagração e serviço. Assim como o templo do Senhor era consagrado, consagrado aqui está no sentido de santo, separado, assim nós também, fomos separados por Deus e para Deus. Veja a comparação do texto: (Êx 19.6) “E vós me sereis reino sacerdotal e povo santo” e (Ef 1.4) “Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor” Quanto ao serviço, isto está relacionado a uma entrega total do ser, e não de um mero ritual. Veja o que Paulo diz: “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Rm 12.1) aqui este serviço está relacionado à entrega da plenitude do homem, uma entrega total com entendimento, com razão, por reconhecimento, e por agradecimento. Outra ligação é a que está relacionada com o ministério de oficiais. Diz a bíblia: “Por isso diz: subindo ao alto, levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens” (Ef 4.8) os versículos posteriores descrevem os dons de ministério que são distribuídos na igreja (VS 11-12) “E ele mesmo deu uns para apóstolo, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo”  É inevitável deixar de relacionar o templo sem o serviço nele ministrado, e desta forma chegamos a igreja, como o corpo e lugar que manifesta a glória de Cristo. Todos nós fomos chamados por Deus com um chamado de salvação coletiva, e com um chamado especifico de ministério. Busquemos a Deus, e recebamos dele este dom e ministério, e gastemos nossa vida de forma que o nome do Senhor seja glorificado.
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1Pe 2.9) “Por tanto, ofereçamos, sempre, por ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto de lábios que confessam o seu nome” (Hb 13.15)



Pr. Rolandro Silva
Bibliografia: Manual bíblico SBB; Teologia sistemática CPAD; Atlas histórico e geográfico da Bíblia SBB.

quarta-feira, 25 de julho de 2018

Sardes, uma igreja de aparência

Sardes, uma igreja de aparência
Apocalipse 3.1-6

Existem igrejas e a igreja. Falei sobre a diferença em outro texto. A igreja de Cristo está dentro de uma outra igreja. A igreja de Cristo é verdadeira, é real, é legítima. Ela segue os ensinos de Cristo, ela busca viver plenamente a palavra. O texto de apocalipse confirma esta idéia de uma igreja dentro de uma outra igreja: (Ap 3.1,2) “ Tens nome de que vives e estás morto. Se vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”
(Ap 3.4) “Tens em Sardes umas poucas pessoas que não contaminaram as suas vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas”
Temos aqui uma igreja dentro de outra igreja. Não importa onde a igreja de Cristo está, ela sempre será vista e reconhecida por ele.
“ Tens nome de que vives e estás morto” (Ap 3.1)
O que mata os homens, de que morte Jesus está falando?
A bíblia responde: (Rm 6.23) “Porque o salário do pecado é a morte”
(Rm 8.6) “Porque o pendor da carne dá para a morte”
Isto significa que a liderança e muitos dos congregados de Sardes estavam dando lugar à carne e cometendo pecados. Dar lugar a carne e pecar leva à morte. Este mal não é irremediável, tem cura!
Toda doença tem uma causa, toda morte tem uma causa. No caso de Sardes este mal veio por intermédio da liderança. Se o lider adoecer, os demais adoecem também (Não é uma regra geral, há exceções) foi o que aconteceu em Sardes.
(Ap 3.1,2) “Ao anjo da igreja em Sardes escreve: Estas cousas diz àquele que tem os sete Espíritos de Deus e as sete estrelas: Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto. Se vigilante e consolida o resto que estava para morrer, porque não tenho achado íntegras as tuas obras na presença do meu Deus”.
Algumas coisas aqui precisam de explicação: Anjo, sete Espíritos, sete estrelas: O texto não está falando de um ser angelical e sim de um mensageiro humano, um lider encarregado de auxiliar os irmãos na manutenção da saúde intelectual e espiritual. Não quero dizer com isso que não acredito na existência de anjos (seres angelicais) e sim que o contexto não oferece esta interpretação (ver Ap 1.16,20)
O número sete representa divindade, perfeição e plenitude. O profeta Isaias nos diz que aquele que possuí o sétuplo Espírito de Deus é o Messias (Is 11.1-10) isso quer dizer que ele possuí a plenitude. Ele possui a plenitude de poder, do governo (as estrelas em suas mãos) ele governa a igreja (castiçais) e sabe o que se passa nela.
“Não tenho achado íntegras as tuas obras” (Ap 3.2)
Como é possível um líder espiritual entrar por um caminho tão sombrio a ponto de ser repreendido por Deus? Quero expressar a minha surpresa, pois, não é o que se espera de um líder espiritual!
Vamos para a causa. Disse anteriormente que toda doença tem uma causa. A falta de vigilância é a causa.
Somos carnais e tendenciosos ao pecado. Quando recebemos à Cristo, recebemos seus ensinos, seu Espírito, sua mente. Resumindo, recebemos uma nova vida. Esta nova vida exige renúncia, abandono, afastamento e propósito (c.f. Fp 3.13,14/22Co 5.17) enquanto temos isto em mente, praticar o que não agrada a Deus é mais difícil; não quer dizer que seja impossível (Não esqueça, somos carnais) Porém, o nosso esforço nos levará para longe do erro. Paulo chama isso de a busca das coisas espirituais ( Rm 8.5/Gl 5.16/Fp 4.8)
Muitos esquecem que estas pequenas recomendações são vitais, e segui-las nos torna fortes e aptos para o Reino. Abandoná-las é o mesmo que esquecer a porta de casa aberta, os riscos são enormes, e o prejuízo grandioso.
Nesta minha jornada tive a experiência (desagradável) de conhecer algumas pessoas que cometeram o mesmo erro de alguns de Sardes. Tinham nome, aparência, mas estavam mortos.Flertavam com o pecado, a prática, o pensamento e a conversa era coisa de ímpio. Suas obras eram reprováveis diante de Deus. Talvez alguns destes estejam lendo, ou quem sabe você conhece alguém assim. Sabe o que eles pensam? “Eu posso até errar, mas Deus é comigo e aprova o meu ministério! A igreja que eu pastoreio continua crescendo, os irmãos estão prosperando. Eu tenho tudo! É sério isso?
Quem disse que a igreja de Sardes não estava creacendo? Ela estava crescendo sim! Sabe o que estava diminuindo lá? Os limpos, eles eram poucos!
“Tens, contudo, em Sardes umas POUCAS pessoas que não CONTAMINARAM as sua vestiduras e andarão de branco junto comigo, pois são dignas” (Ap 3.4)
Sabe o que significa as roupas brancas?
Mais uma vez a Biblia responde: “pois lhes foi dado vestir-se de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos” (Ap 19.8)
O que conta para Deus é o que somos e não o que aparentamos ser. Nossos atos nos definem. Somos o que praticamos.
A liderança de Sardes era apenas a aparência do que deveria ser, muitos irmãos em Sardes eram apenas a aparência do que deveriam ser e por isso foram expostos.
A palavra de Cristo para eles não era de condenação e sim de alerta e salvação.
“Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer…” (Ap 3.2)
“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti” (Ap 3.3)
Deus dá oportunidade para que todos se arrependam (ainda há tempo) e não sofram o dano de terem os seus nomes riscados do livro da vida (c.f. Ap 3.5)

Na fé e na esperança
(R. Silva)

quarta-feira, 11 de julho de 2018

É Incomparavelmente Melhor



Abrindo a Bíblia
Texto: 1Corintios 2.9
Reflexão de Hoje: É Incomparavelmente Melhor.


Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. (1Co 2.9)

Não há como negar os grandes feitos da humanidade, àquilo que homens ilustres foram capazes de realizar.

Os grandes avanços tecnológicos e científicos são a prova do que os grandes homens são capazes de fazer.

Para o homem o céu é o limite, diria eu um limite intransponível. Nem a mente mais brilhante seria capaz de explicar ou decifrar os mistérios sobre o céu (Morada de Deus e destino dos fiéis). Seja ele o céu cósmico ou mesmo o céu lugar da morada de Deus. (Sobre o céu cósmico as explicações não passam de especulações)

Estes mistérios não são alcançados por meio de estudos científicos e nem por meio do uso da tecnologia moderna.

Deus tem estes mistérios selados e inalcançáveis à mente humana. Porém, ele os revelou por meio de sua palavra.

Paulo, entre os discípulos de Cristo era o mais dotado de conhecimento. Recebeu instrução acadêmica, era um homem de grande envergadura intelectual. Porém, ele nos diz que o conhecimento que possuia sobre Deus e o céu não eram fruto de especulação nem dos ensinos de Gamaliel, Platão ou mesmo Aristóteles, e sim por meio da revelação divina.

(Gálatas 1.11-12) 11.Mas faço-vos saber, irmãos, que o evangelho que por mim foi anunciado não é segundo os homens; 12. porque não o recebi de homem algum, nem me foi ensinado; mas o recebi por revelação de Jesus Cristo.

(1 Coríntios 2: 10) Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profundezas de Deus.

Dito isto chegamos ao ponto de que a mente humana não é capaz de alcançar a realidade e a grandeza incomparável do que Deus tem reservado para àqueles que o amam.

O céu é o maior prêmio e a maior recompensa para o salvo.

Paulo diz que aqueles que estão indo em direção ao céu aguardam uma confirmação final.

(1 Coríntios 1: 8) o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso Senhor Jesus Cristo.

É algo semelhante ao visto no passaporte.

Assim como é de responsabilidade do viajante seguir todas as recomendações e protocolos, assim é para àqueles que pretendem ir para o céu seguir todas as recomendações e conselhos de Deus para estarem aptos.

Talvez você pense: Que papo sinistro, eu não estou querendo morrer!

Meu querido, minha querida, esta é uma realidade inevitável!

Para alguns a morte é o fim, para outros é o começo. Não se trata de uma questão de opinião, entendimento ou crença religiosa,  Trata-se de uma verdade. O céu é uma realidade. A morte não é o fim. O inferno é real também, e é você que decide o seu destino final.

Quem pode ir para o céu?

Todos, todos que amam a Deus.

O texto diz: "Deus tem preparado para àqueles que o amam (1Co 2.9)

Sabe o que significa amar a Deus?

A bíblia responde:

(João 14: 15) Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
(João 14: 21) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.
(João 14: 24) Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo não é minha, mas do Pai que me enviou.
Esta demonstração de amor não é baseada em uma prática legalista ritualística religiosa, e sim como parte comum de um relacionamento baseado na reciprocidade.

Existe amor sem demonstrações deste amor?

Deus provou seu amor quando deu seu filho unigênito para nos salvar.

(João 3: 16) Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Deus deu prova do seu amor por nós, e devemos dar prova do nosso amor por ele também. Como fazer isso?
crendo, obedecendo a sua palavra e amando a sua presença. Tudo isso faz parte de um relacionamento verdadeiro. Quando amamos acreditamos, fazemos tudo para agradar a pessoa amada e desejamos estar sempre junto à pessoa amada. Isso é sinal de amor.

Em um relacionamento amoroso existem promessas e planos. Deus prometeu o céu para àqueles que o amam. O céu não é o fim, não é a jornada derradeira, o céu é o início de uma nova jornada, de uma jornada eterna.

O céu, a eternidade, tudo isso é muito estranho para nós. Não estamos familiarizados com isto. No mundo que vivemos tudo é tão rápido, e tudo passa tão depressa. Em um dia temos dezoito anos, derrepente quarenta e o tempo voa.

Muitos envelhecem tão rápido que não conseguem realizar seus sonhos.

A realidade moderna não passa de uma grande correria. A novidade de hoje não passa de o ultrapassado amanhã. Como compreender esta idéia de eternidade, ou como tentar entender o céu? No imaginário humano o céu é um lugar de paz eterna e infinita quietude.

Como entender isso se no mundo que vivemos estamos em uma verdadeira guerra? O mundo em que vivemos é hostil e violentamente competitivo.

Lutamos todos os dias em busca de nossas conquistas. Competimos contra todos para alcançar o primeiro lugar em tudo, em todas as coisas em qualquer situação. Essa é a realidade que o mundo oferece.

Descanse um pouco, respire fundo, busque o equilíbrio, desacelere e tente compreender uma coisa muito importante. Parece loucura mas é real. Deus preparou algo incomparavelmente melhor pra você. Algo que supera fortunas, conquistas pessoais, fama e qualquer outra coisa, ele preparou o céu pra mim e pra você também.

(1 Coríntios 2: 9) Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam.

Não duvide, aceite, creia e caminhe em direção a este algo incomparavelmente melhor.

Não é preciso desejar morrer e nem parar a sua vida, basta redirecionar seus propósitos, mudar seus conceitos, valores e comportamentos. Continue vivendo, só que agora, viva de forma que prove que você ama a Deus. Viva de forma que glorifique a Deus.

O céu é real e é para todos os que amam a Deus.
Na fé, no amor e na esperança.


(R.Silva)