quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Domínio Próprio (Galátas 5.23)


Fruto do Espírito
Domínio Próprio.
Gálatas 5: 22. Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. 23. a mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei.

Este tema tem sido tão negligenciado nestes últimos dias. Não quero ser interpretado como saudosista, embora, não há nada de saudosismo em mencionar textos da Biblia, mesmo que seja um tema que não se aborda mais (Isso acontece com alguns). A preocupação de grande parte de nossos pais na fé era a de nos transmitir valores biblicos que nos inspiravam a boa prática Cristã. Esta prática era a que nos diferenciava dos demais, pois, o cristão é definido por sua prática. Não podemos viver no campo da teoria; a teoria em si deve ser vista como a preparação para a prática, pois o conhecimento nos impulsiona e nos habilita para a prática. Muitos quando vão falar sobre o tema do Fruto do Espirito fazem abordagens tão teóricas e razas, e ou, tão "espiritualizadas" que torna-se fácil perceber a falta de prática. A abordagem feita sobre o Fruto é etimológica, lexica, vernacular e tão primitiva que a aplicação torna-se tão despretensiosa. O que esquecemos, ou não observamos é que há uma grande ligação entre a produção do Fruto e a salvação. Jesus disse: (Mateus 7: 19) Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. (ver Mt 7. 15-21) Não são os dons que provam o novo nascimento, e sim o Fruto. Jesus não assegurou que aquele que não mostrar dons ficará fora do Reino, mas ele disse que aquele que não mostrar frutos este sim não entrará no reino. Você pode entrar no Reino sem dons (Deus dá dons à todos), mas sem o Fruto jamais. (ver Mt 7.22) João Batista assegurou que: "já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no fogo". (Mt 3.10) o Fruto é a prova (ver Mt 3.8) A falta de ensino sobre temas fundamentais a fé como este, que são justamente a base de nossa fé tem produzido "frutos maus", e esta é a  razão de tanta rebeldia. Por falta de domínio próprio não se respeita mais os lideres e nem os liderados. Por falta de domínio próprio temos tantos relacionamentos desfeitos. Por falta de domínio próprio temos tanta denominações e convenções e ministério à gosto do "freguês". Muitos não esperam, muitos não toleram, não respeitam, não se submentem, não obedecem. O posto mais alto é almejado com o intuito único e exclusivo de poder e domínio. São homens que não oferecem mais a "outra face", são sacerdotes e levitas que passam de largo do ferido que foi espancado e roubado por "salteadores". O dominio próprio não anula a raiva, a ira, o desejo, porém, não deixa efetivar. Não procure este comentário em livros, biblia de estudo, de aplicação pessoal e etc, pois não irá encontrar, humildemente lhes digo que este entendimento vem das páginas do Livro de Deus. Deus não quer figueiras sem fruto, Deus nos chamou para sermos figueiras frutíferas. (ver Mt 21.19) são figueiras frutiferas que fazem parte do reino, sabe porque muitos não falam mais sobre este tema? Porque a salvação está esquecida, abandonada, para muitos o assunto não é de bom tom. A carne olha apenas para baixo, o espirito para as coisas de cima. A salvação tem a ver com prática, transformação, sacrificio e renuncia. Hoje, o unico sacrificio ensinado são os de valores monetarios para satisfazer o "ego" e alimentar a vaidade. Homens carnais produzem sermões carnais e estes alimentam ouvintes carnais.
Precisamos voltar urgentemente para a palavra, precisamos nos ater ao que está escrito na bíblia e praticar o que é ensinado ali. A falta de conhecimento biblico produz terra fertil para heresias e engano. A falta de submissão à palavra é a prova da falta de "domínio próprio", pois quando a carne fala mais alto, perde-se o desejo pelas coisas de Deus, e este espaço é ocupado por tudo o que satisfaz a carne. Não confuda prática religiosa com prática espiritual, ou cristã. Em nome da religião os homens levantam partido e matam. A verdadeira fé cristã ela agrega para transformar, ele não separa por diferenças. A fé cristã sara, a religião fere, a fé cristã traz vida, a religião gera a morte.
Sejamos figueiras frutíferas, sejamos arvores plantadas junto a ribeiros de águas, produzamos frutos dignos de arependimento e sejamos instrumentos para sarar esta terra.

Na fé, no esforço e na produção
(R.Silva)

quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Romanos 12.2

Romanos 12.2

"Não vos conformeis com este mundo, mas Transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus"

Essa tem sido a minha preocupação ao longo de toda a minha carreira de fé. O cristão precisa estar sempre atento para não cair em um dos maiores males que é o secularismo. O secularismo não é o uso da tecnologia ou das ferramentas de nossa época, o secularismo não é a aquisição de bens, ou mesmo o pleito por uma formação acadêmica, ou bom emprego. (Desde que Deus seja a prioridade maior, e as demias coisas secundárias). Não, isso não é secularismo. Secularismo é a reproduçao de práticas, métodos, técnicas, modismo e hedonismo. Valores bíblicos, práticas cristãs, comportamento que visa a glória de Deus, tudo isso é desprezado pelo secularismo. O secularismo despreza os valores absolutos de Deus subistituindo esses valores por aquilo que se adequa melhor aos seus próprios interesses. Muitos não estão percebendo mas, o secularismo tem adentrado em muitos redutos evangélicos, e pasmem, a porta de acesso para o secularismo não é da entrada, e sim a dos púlpitos. Nosso contexto imediato é Israel, e este povo enfrentou muitos inimigos, mas, o maior inimigo infrentado não foram os de fora, e sim os de dentro. Entre os anos 166 e 167 a.C. inicia a revolta macabéia. Porque dessa revolta? O helenismo que já havia sido assimilado por muitos em Jerusalém, deveria também o ser na pequena aldeia de Modin. (Ler o Livro À sombra do Templo/Oskar Skaursane-Pg 18) Elias Bickerman chama a atenção para dois pontos importantes. Primeiro, os judeus de Israel haviam sido expostos à influência da cultura helênica muito tempo antes da tentativa de helenização por parte de Antíoco. A violenta helenização de Jerusalém fora instigada não por Antíoco, mas por ciclos influentes com acesso à liderança política e religiosa de Jerusalém. (À sombra do Templo Pg.18)
Sobre isto o próprio livro de Macabeus relata: "Por esses dias surgiram de Israel indivíduos ignóbeis que seduziram a muitos, dizendo-lhes: Vamos! Aliemo-nos às nações que nos cercam, pois, depois que delas nos separamos, sobrevieram-nos muitos males. Agradou-lhes tal arrazoado, e alguns de entre o povo apresseram-se a ir ter com o rei, o qual lhes deu autorização para observar as práticas das nações(ou gentios), conforme o uso delas. (1Macabeus 1.11-15)
Israel foi atacado de dentro pra fora. A igreja enquanto manter sua integridade e sua prática cristã é indestrutível, mas ao abandonar tal prática perde seu valor e sabor e passará a ser pisada pelos homens (Mateus 5.13)
Qualquer semelhança não é mera coincidência, pois o homem tem a tendência de reproduzir os erros do passado, e mais ainda quando este despreza os conselhos bíblicos.
"Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos" (Rm 12.2)
"Conformeis": Syschematidzo: moldar de modo semelhante; estar em conformidade com o mesmo padrão. Não precisamos ser igual ao mundo e nem imitar suas práticas e condutas para ganhar o mundo. Isso é mentira. Tem um tal PR muito popular nas mídias sociais e televisivas que usa técnicas da psicologia e da neurolinguística e um palavreado ridículo achando que essa é a forma de transmitir a mensagem de Deus. Para mim a única coisa que esse tal PR deixa claro é a sua carnalidade e vaidade intelectual. Não sejamos simplistas, não podemos ignorar o valor da palavra de Deus e da obediência a ela devida. O que temos hoje são movimentos seculares mascarado de cristão evangélico (amenizando: pode até ser evangélico, mas cristã não) não digo isso generalizando tudo e todos, mas, os frutos mostram quem somos.
"Transformai-vos": Metamorphoô: mudar, transformar; indica a mudança de lugar ou condição; mudar a própria forma.
Essa mudança só é possível por uma obediência irrestrita à palavra de Deus.
Quanto a mudança, por esses dias eu estava acompanhando um PR que eu gostava de ouvir suas mensagens, esse tal PR abriu um ministério próprio, acredito que para ter um crescimento "rápido" segundo suas expectativas ele abriu mão de certos valores, esse abandono inicial proporcionou crescimento numérico mas também lhe causou um certo desconforto pois eu o estava assistindo quando ele "esbravejando" dizia que já estava demais, muitos não estavam tendo um comportamento cristão e a aparência pudorosa era deixada de lado! Não foi ele mesmo que causou tudo isso? Então porque o desconforto?
Não existe cristianismo sem abandono, sem cruz, sem renúncia, sem morte e sem novo nascimento. Nascer de novo, significa nascer para uma nova vida, uma nova conduta, nova prática, e para um novo estilo de vida. Não há como desassociar o cristianismo da doutrina cristã expressa na bíblia sagrada, e não há como obter essa prática cristã sem os ensinos de Cristo e o exercício diário de tais ensinamentos.
A medida que nos afastamos da palavra de Deus morremos.
Não morra, não se afaste da palavra.

Na fe, na obediência e na esperança
(R.Silva)

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

Salomão



“Salomão, filho de Davi, estabeleceu-se com firmeza em seu reino, pois o Senhor, o seu Deus, estava com ele e o tornou muito poderoso” (2crônicas 1.1)
Salomão um personagem conhecido mundialmente. Sua fama se deu por sua sabedoria e fortuna. Grandes exploradores correram em busca de encontrar seu tesouro. Seu reinado dá inicio ao período áureo de Israel. Se Davi seu pai era o homem segundo o coração de Deus, Salomão por sua vez era o homem amado por Deus. Deus o abençoou com sabedoria e riqueza inigualáveis. Até hoje, Salomão é celebrado. Salomão foi de fato um grande rei, um político nato. Seus acordos políticos lhe garantiram um forte comércio internacional, ele como ninguém soube explorar o comércio, a importação e a exportação, garantindo-lhe assim aumento substancial de sua fortuna e prosperidade para seu reino. Sobre isso diz a Bíblia: “Ouro e prata eram tão comuns em Jerusalém como as pedras no tempo de Salomão” (2Cr 1.15)
Podemos medir a grandeza de Salomão através dos números. Salomão possuía Mil e quatrocentos carros e Doze mil cavaleiros (2Cr 1.14) Cada carro custava 7,200 kg de ouro e cada cavalo 1,200 kg. Salomão arrecadava por ano 23 toneladas de ouro (1Rs 10.14/2Cr 9.13) Os números são impressionantes! Salomão era extravagante. Salomão mandou fazer duzentos escudos grandes de ouro, cada um com três quilos e seiscentos gramas de ouro; também fez trezentos escudos pequenos com um quilo e duzentos gramas de ouro para colocar em seu Palácio da floresta do Líbano (2Cr 9.15,16) Salomão mandou construir para si um grande trono de marfim revestido de ouro puro, o trono possuía seis degraus, e um estrado de ouro fixo nele. Nos dois lados do assento havia braços, com um leão junto a cada braço. Doze leões ficavam nos seis degraus, um em cada lado. (2Cr 9.17-19) Salomão em seu primeiro sacrifício de dedicação do templo, juntamente com o povo ofereceram tantos sacrifícios que não era possível contar (2Cr 5.6)
Com este ultimo relato alguém pode imaginar que este rei não passava de um esnobe e extravagante monarca. Não podemos ficar com esta impressão. Por mais impressionante que possam parecer estes relatos, a maior ambição de Salomão não estava no ouro ou na prata. Veja o relato.
Salomão passou os quatro primeiros anos de seu governo estabelecendo-se, fazendo acordos, ajustes e organizando-se para a maior obra de sua vida (ver caps 1 ao 3 de 2Cr) do capitulo 3 ao 5 Salomão está na empreitada de construir o templo, e isso durou sete anos (ver caps 3 ao 5 de 2Cr) para Salomão esse seria o seu maior legado (peço a atenção de todos para este momento da história de Salomão) olhemos para este homem motivado por sua missão de construir algo de suma importância para si, seu povo e toda a humanidade: O templo. Salomão sabia da importância dessa obra, ele sabia o que aquela construção representava. Ele faz tudo certo, tudo meticulosamente pensado. (2Cr 5.4) A arca é conduzida para o templo, levada pelos levitas é claro. Estando a arca no templo e tudo já em seu devido lugar, então começa a cerimônia de dedicação do templo. O rei e todo Israel oferecem sacrifícios ao Senhor (2Cr 5.6) após os sacrifícios e os louvores terem sido entoados ao Senhor a casa encheu-se da presença do Senhor (2Cr 5.13) Era tão intensa a presença que os sacerdotes não podiam andar (2Cr 5.14) Salomão então ora a Deus, e o templo então foi dedicado ao Senhor. O rei se apresenta como o UNGIDO, exercendo assim o ministério de rei e sacerdote.
Salomão está em seu ápice espiritual, vivendo seu melhor momento. Não é a sua fortuna que importa, não é seu poder de monarca que impressiona, é a presença de Deus que faz deste rei e deste reino diferente de todos.
A busca particular de Salomão.
Salomão ofereceu sacrifícios de agradecimento e de dedicação ao Senhor (2Cr 5.6) Salomão orou em favor do povo de Israel e também por todos os povos (2Cr 6.12-40) e Deus deu sinal que atenderia a sua oração ao descer fogo do céu e consumir o holocausto e os sacrifícios (2Cr 7.1) Salomão poderia se dar por satisfeito, mas esse homem quer algo mais, ele precisa de algo mais, então ele faz o que para muitos poderia ser visto como um exagero. Salomão oferece 22 dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas (2Cr 7.5) por quê? Qual a razão disso? Salomão precisava de algo para si. O homem que possuía tudo precisava de algo mais? O que é mais importante, o que tem mais valor, o que realmente satisfaz? Eu respondo. Só quem já experimentou a presença de Deus sabe que não há nada mais importante, ou que traga mais sentido à vida do que a presença de Deus. “Então aconteceu que o Senhor apareceu a Salomão” (2Cr 7.12) Quando leio este texto eu me lembro logo de outro (At 2.2) “de repente veio do céu”. A busca por Deus não pode ser medida por números, e sim pelo resultado. Quando existe disposição para buscar a Deus não se pensa em quanto, ou quando, e sim na experiência marcante do encontro. Eu olho para a Bíblia e vejo os “de repente”, é assim que as coisas sobrenaturais acontecem: De repente! Não pode haver ansiedade destruidora, decepcionante, desgastante, enfadonha, e sim, uma busca alegre e desejosa. Os sacrifícios primitivos eram uma espécie de oração, uma oração demonstrada através de atos de sacrifícios, era uma das formas de se buscar a Deus, e digo que era a forma que o adorador demonstrava toda a sua devoção a Deus, pois era isso que seu sacrifício, ou o tipo de sacrifício mostrava. Para Salomão, não havia nada de mais importante ou valioso do que a presença de Deus, ele mesmo dá provas disso. Sua história de vida possui muitas nuances, porém, por fim ele define o significado e propósito da existência humana da seguinte forma: “Este é o fim do discurso; tudo já foi ouvido: Teme a Deus, e guarde seus mandamentos; porque isso é todo o dever do homem” (Eclesiastes 12.13)
Eu vejo neste homem Salomão, e nas suas palavras a definição da satisfação humana. Agostinho disse: “Antes de encontrarmos a Deus todos andamos desassossegados”, esta frase define Salomão, todo desassossego acaba no momento que ele encontra a Deus, após experimentar tudo o que o seu coração desejou, ele então se volta para Deus e reconhece que Deus supre a necessidade máxima do homem.
Os números na vida de Salomão são surpreendentes, mas eles mostram uma coisa: Necessidade de Deus (2Cr 7.5) Maria derrama unguento precioso em Jesus (Jo 12.3-) Alguém diz: “Que desperdício!” Para muitos, demonstrações assim parecem um exagero, e não é, são demonstrações de o quanto se adora e ama a Deus. Ninguém deve nos julgar por nossas atitudes de devoção a Deus, muitos ficam paralisados, gélidos, mudos e engessados. Os verdadeiros adoradores são espontâneos e dispostos a oferecer sacrifícios de louvor que para muitos aparecerá como extravagante. Não se importe, ofereça o melhor para Deus.

Na fé, na adoração e na esperança.

(R.Silva)


terça-feira, 29 de agosto de 2017

Crimes de Um Ungido



Crimes de Um Ungido.

“Então, tomou Samuel um vaso de azeite e lho derramou sobre a cabeça, e o beijou, e disse: Porventura, te não tem ungido o Senhor por capitão sobre a sua herdade?... E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles e te mudarás em outro homem. E há de ser que, quando estes sinais te vierem, faze o que achar a tua mão, porque Deus é contigo” (1Samuel 10.1,6,7)
Estes três versículos falam do dia em que Saul foi ungido rei sobre Israel, e que sinais se dariam como confirmação de que ele estaria sendo preparado para esta tarefa.
Embora fosse esta uma tarefa comum, ou melhor, de âmbito natural da vida humana; pois, o que há de sobrenatural em ser rei (ou como o nosso sistema de governo), ser presidente? Nada! Podemos enxergar as coisas desta maneira, é a maneira lógica de ver; embora não podemos nos esquecer de que, forças espirituais lutam contra os governos, fazendo deles seus instrumentos, ou tentado os destruir. Voltando ao texto. No caso de Saul, ele precisava ser ungido por Deus, ou receber a unção para ser o líder de Israel, e somente após esta unção, e após os sinais que se sucederiam é que ele estaria pronto para liderar o povo de Deus. Ninguém pode liderar o povo de Deus sem que antes seja ungido, e sem que antes alguns sinais se evidenciem em sua vida. Que sinais foram estes? Vejamos:
O Espírito do Senhor se apoderará de ti (1Sm 10.6)
Profetizarás (1Sm 10.6)
Te mudarás em outro homem (1Sm 10.6)
Tudo isso aconteceu mesmo. Ele foi tomado pelo Espírito, ele profetizou, seu coração mudou, ele passou a liderar. Deus não falhou no que havia prometido, e jamais falha.
Vejamos a história. Deus não erra ao escolher ninguém, a unção jamais é desperdiçada.  Deus não está tentando acertar jamais. Ele não erra. Porque então Saul é conhecido na história como o ungido que foi rejeitado por Deus?
A resposta é simples. A unção é uma confirmação, é uma capacitação. Confirmação de que alguém foi escolhido para tal missão, e capacitação para o cumprimento desta tal missão. Isso não quer dizer que, tal ungido não cometerá erros, ou que ele se tornará infalível após a unção. Deus não retira do ungido o seu livre arbítrio, e nem anula suas vontades ou desejos. Assim como Saul errou, qualquer um está sujeito ao erro.
A lição que podemos tirar da vida de Saul é não devemos cometer os mesmo erros que ele, para não sermos rejeitados por Deus como ele foi.
Saul demonstrou desde o inicio alguns pontos fracos que precisavam ser consertados. Impaciência somada o desobediência. (1Sm 13.8-14) Samuel havia dado a Saul uma ordem vinda de Deus, para que esperassem sete dias para oferecer sacrifícios ao Senhor e seu reino seria confirmado. O que Saul fez? De forma imprudente, e precipitada resolve fazer diferente do que a ordem recebida. Não adianta fazer, tem que ser feito como Deus quer. Fazer diferente da vontade de Deus é desobedecer, e desobedecer é pecar.
Primeiro crime de Saul: Desobediência.
O Deus misericordioso, louvado para sempre seja o seu nome, deu a Saul outra oportunidade. O exercito de Israel obtém uma grande vitória contra os Filisteus (1Sm 14.1-31) e por mais uma vez Saul desobedece deixando de fazer o que Deus manda, e da forma como Deus manda (1Sm 15.3,9)
Muitos se acham intocáveis, e pelo simples fato de terem sido escolhidos acham que podem e devem fazer e agir da maneira que bem entendem, achando que Deus irá chancelar suas atitudes. Estão redondamente enganados. Não estamos incitando ninguém a promover levantes contra os escolhidos, uma vez que não devemos estender a mão para a iniquidade mesmo quando tais escolhidos cometem atos abusivos, e absurdos, ainda assim devemos acreditar que Deus está no controle de tudo e Ele, somente Ele retribuirá a cada um segundo seus atos.
“Não toqueis os meus ungidos, e aos meus profetas não façais mal” (1Cr 16.22)
Esta é uma recomendação bíblica, que trás a lembrança de que Deus é o responsável por seus ungidos. Nós não devemos estender a mão contra o ungido, mas sabe quem o faz? Deus. É ele quem estende a mão contra o ungido, se este não está procedendo da forma e do jeito que Deus quer. Vejamos:
(2Sm 12.9,10) “Porque, pois, desprezaste a palavra do Senhor, fazendo o mal diante de seus olhos? A Urias, o heteu, feriste à espada, e a sua mulher tomaste por tua mulher; e a ele mataste com espada dos filhos de Amom. Agora, pois, não se apartará a espada jamais da tua casa, porquanto me desprezaste e tomaste a mulher de Urias, o heteu, para que te seja por mulher”
A sentença se estende ainda mais, porém, aqui, dá para perceber que quando Deus escolhe (unge) ele não se torna complacente com os erros (crimes) de seus “Ungidos”. Deus jamais fecha os olhos para os desvios de conduta de quem quer que seja.
A nação de Israel passa a crescer ainda mais, e continua avançando em suas conquistas. O exercito ganha força e motivação com as novas conquistas, e mais jovem passam a se alistar no exercito de Israel. Porém, mais um desafio está à frente do recém-formado exercito. Um gigante Filisteu desafia todo o exercito, estes temendo não ousam enfrentar o gigante guerreiro. Neste momento da história e que surge um jovem pastor de ovelhas Davi, que munido de coragem e fé, resolve aceitar o desafio de enfrentar o gigante. Resultado? Vitória! Surge então um novo herói em Israel dando então vitória para todo o povo. O rei deveria ficar feliz, mas não fica. Por quê? Mais uma fraqueza de Saul vem à tona: ciúme. O ciúme é um sintoma da falta de confiança, e de segurança, e é nutrido por um sentimento exagerado de posse. Um erro e uma burrice gigantesca por parte de Saul, pois, quem era Davi? Apenas um servo, e Saul era o rei. Toda vitória conquistada por  Davi, não era para o Davi, e sim para o reino de Israel, e quem era o rei de Israel? Saul. Este é o segundo crime de Saul: Ciúme.
Na cabeça de Saul estava um único pensamento: Davi vai tomar aquilo que é meu! Davi não estava ali para tomar nada. É isso que se passa na cabeça de todo ciumento. Ele vai tomar aquilo que é meu. (1Sm 18.8,9) “Então, Saul se indignou muito, e aquela palavra pareceu mal aos seus olhos; e disse: Dez milhares deram a Davi, e a mim somente milhares; na verdade que lhe falta, se não só o reino? E desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi com suspeita”
Veja que como o estado de uma pessoa tende a piorar quando esta não consegue enxergar com bons olhos o próprio bem que está ao seu lado (1Sm 16.14) o estado de Saul foi só piorando à medida que dava lugar ao mal. todos nós precisamos ter cuidado quanto a sentimentos que alimentamos dentro de nós. Muitos começam bem, ouvem a voz de Deus, obedecendo, estendendo a mão, sendo um canal de benção, de repente passam a dar lugar ao mal que tão de perto os rodeia, e então é tarde demais, e ao invés de fazerem o bem, começam a fazer o mal. Muitos “ungidos” não conseguem ter relacionamentos fraternais sinceros, não conseguem ser verdadeiros, não são leais, não são confiáveis e etc. Por quê? Deixaram o mal os dominar. Vigiem não cometam o mesmo crime que Saul.
Se o segundo crime de Saul foi o ciúme, terceiro foi a Inveja.
A inveja é um sentimento movido pelo desejo de possuir o que outro possui. E não quer dizer que: Ele tem, e eu quero também ter a mesma coisa. Não! A inveja é assim: Eu quero tomar o que ele tem para que somente eu tenha! Isto é a inveja.
“E desde aquele dia em diante, Saul tinha Davi com suspeita” (1Sm 18.9)
Saul não suportava a popularidade, e o fato de Davi ser bem quisto pelo povo. Ele queria aquilo tudo só para ele. Saul não era popular entre o povo, nem todos o haviam aceitado em cem por cento como rei sobre todo o Israel (1Sm 11.12-14) para muitos ungidos, o simples fato de não serem aceitos pela maioria é motivo de desconfiança e de perseguição contra os opostos. No caso de Saul, um rei sobre Israel era algo novo, que ainda estava em processo de assimilação, e isso envolveria uma entrega total por parte de ambos os lados, todos deveriam trabalhar juntos suas diferenças e vencer a cada uma delas visando o bem comum. Muitos não pensam assim.
Ao invés de Saul procurar ver o que havia de bom em Davi e que o povo gostava e procurar assimilar isso para si, ele resolve perseguir e eliminar aquele que ele pensava que era o causador de tudo aquilo: Davi. (1Sm 18.21,29; 19.1)
A jornada de Saul foi em ordem decrescente, ele se afundava cada vez mais. Isso o leva ao seu quarto crime: Matar os opositores.
“E disse o rei aos da sua guarda, que estavam com ele: virai-vos e matai os sacerdotes do Senhor, porque também a sua mão é com Davi”...(1Sm 22.17)
Saul nutria um ódio terrível contra Davi, e também contra todos os que fossem favoráveis a ele. Isso lhe cegava completamente, a ponto de não perceber seu erro, e que se afastava cada vez mais para longe dos caminhos de Deus.
Isso leva a Saul a cometer seu quinto crime: Andar no cominho dos pecadores.
Quando Saul procura uma feiticeira, ele chega ao fundo do poço de seus atos (1Sm 28.7). Ele mostra com isso que não confia mais em Deus, que não precisa de Deus, e que não se importa com a palavra de Deus. Não é isso que fazem os pecadores? O mesmo que proibira tal prática, que era uma ordem de Deus, agora está praticando os mesmos atos, Saul está andando no caminho dos pecadores. Isso me lembra um outro texto: “Bem aventurado o varão que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detêm no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes, tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Salmo 1.1,2)
Davi foi para Saul um exemplo de servo dedicado, e além de tudo isso, estava mostrando a Saul como Deus gostaria que ele fosse, mas que por diversas vezes havia rejeitado o ensinamento de Deus. Deus seria capaz de mudar o que havia dito sobre Saul (1Sm 15.10;16.1), e o tempo em que passou como rei de Israel sua história seria outra. Se Saul tem alguma honra até hoje em Israel, isso se dá porque Davi o honrou como um escolhido de Deus.
Muitos ungidos fazem como Saul; tentam matar o servos de Deus porque não suportam ver na vida de outros aquilo que um dia  já tiveram na sua, mais que agora perderam, e por essa razão são atormentados por espíritos (sentimentos).
                                  
Não cometam os crimes de Saul. Não deixem que o mal os domine. Sejam livres de qualquer má influencia e sejam um canal de benção na vida de todos.
Deus, somente Deus, toca nos ungidos.
Na fé, na paz e servido a Deus e ao Reino.

(R.Silva)

sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Dizimo, Antigo Testamento e Novo Testamento ?



Malaquias 3.10 “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa...”
A palavra hebraica para dizimo é Ma’aser que significa literalmente “a décima parte”.
Na lei de Deus, os israelitas tinham a obrigação de entregar a décima parte das crias dos animais domésticos, dos produtos da terra e de outras rendas como reconhecimento e gratidão pelas bênçãos divinas (Lv 27.30-32) O dizimo era usado primariamente para cobrir as despesas do culto e o sustento dos sacerdotes (Donald C. Stanps-BEP,Pg.1375)
O dizimo, ou ato de dizimar era uma prática ancestral, antes mesmo de ser promulgada na lei.
(Gn 14.20) “e bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E deu-lhe o dizimo de tudo”.
(Gn 28.22) “e esta pedra, que tenho posto por coluna, será casa de Deus; e, de tudo quanto me deres, certamente te darei o dizimo”
A tribo de Levi era a única autorizada por Deus para receber os dízimos de seus irmãos israelitas (Nm 18.21) “E eis que aos filhos de Levi tenho dado todos os dízimos em Israel por herança, pelo seu ministério que exercem, o ministério da tenda da congregação”
Bom, até aqui vimos que o dizimo era praticado, e era uma ordenança no antigo testamento; mas ele o é também no novo testamento?
O dizimo no novo testamento:
Como Jesus via o dizimo, ele o apoiava como prática de gratidão e obediência, ou ele o ignorava e o proibia?
(Mt 23.23) “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais dizimo das hortelã. do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”.
Não confunda a critica de Jesus sobre a hipocrisia de alguns, com a obediência que ele ressalta. Vejamos:
“deveis, porém, fazer essas coisas”.
Que coisas? O ato de entregar o dizimo.
Jesus não está condenando a obediência dos fariseus, ele está criticando sim a hipocrisia de alguns. Em outra passagem Jesus usa os fariseus, ou seja, a sua obediência e seu esforço quase que visceral em obedecer à lei como parâmetro para se entrar no Reino (Mt 5.20) “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus”
O sacerdócio de Jesus não era e nunca foi contra o dizimo, pelo contrário o recebeu, pois, somente o maior poderia abençoar o menor. Na tradição judaica, Abraão como sendo pai dos judeus é o maior de todos, porém, este entrega os dízimos a Malki-Tzedek (Melquisedeque)
Quem era este Malki-Tzedek? Esta figura enigmática aparece na literatura como sem origem de nascimento, genealogia ou morte, isto não quer dizer que não tivesse pai, mãe, antepassados, nascimento ou morte, mas que o Tanakh não contém registros deles. Esse fato habilita o autor a desenvolver a midrash  (Aplicação Alegórica Rabínica) de que Malki-Tzedek semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre(CJNT-David H. Stern-Pg 739 e740)
A midrash pode ser entendida assim: O Tanakh  não apresenta Malki-Tzedek de nenhum outro modo que não um Kohen (sacerdote); e uma vez que o Tanakh (Tanakh é um acrônimo formado a partir das primeiras letras das três partes da Bíblia Hebraica: Torá, N’vi’im, K’tuvim) é eternamente verdadeiro, a existência de Malki-Tzedek como um Kohen (sacerdote) pode ser considerada como sendo eterna. (CJNT-David H. Stern-Pg.740)
De forma acertada o escritor aos hebreus apresenta Malki-Tzedek (Melquisedeque) como sendo um tipo, ou figura de Cristo (Hb 5.1-10) e no capitulo sete o escritor nos apresenta uma ordem de grandeza: O maior é Malki-Tzedek (Melquisedeque) que recebia a décima parte de Avraham (Abraão), o segundo maior é Avraham, que pagava a décima parte; o terceiro é Levi, que recebe dízimos, pagou o dizimo por meio de Avraham (Abraão), porque ele ainda estava no corpo de Avraham seu antepassado; em quarto vêm os descendentes de Levi, ou Kohanim (sacerdotes), que são aqueles que de fato recebem os dízimos, e não Levi; e por último, o povo de Israel, que os pagam (vv 9-10) (CJNT-David H. Stern. pg.740) Assim a Bíblia diz que Jesus é sacerdote eternamente segundo a ordem de Malki-Tzedek (Melquisedeque) (Hb 7.17) desta forma, a ordem sacerdotal de Jesus recebeu dízimos.
Então, podemos afirmar que, o dizimo é tanto do A.T como do N.T.       
O que é entregar o dizimo?
1-  É um ato de Obediência (Lv 27.30/Ml 3.10/Mt 23.23)
2-  É um ato de gratidão e reconhecimento (Gn 4.4/Gn 14.17-20/Sl 24.1/Mt 5.45)
3-  É estar isento da culpa (Ml 3.8)

4-  É estar debaixo da benção da obediência (Dt 28.1-13/Ml 3.10-12)

terça-feira, 20 de junho de 2017

Prioridade da Igreja



Prioridade da igreja
(Atos 6.1,3,4)
A igreja é composta de membresia e ministério. Ambos devem ser um só quanto a sua missão.
A igreja e ministério devem compartilhar da mesma missão, missão esta que é revelada pela própria escritura sagrada, que por sua vez deve, e precisa ser ensinada pelo ministério e praticada por todos.
Quanto à missão da igreja podemos resumir assim: A missão da igreja é Compartilhar.
A igreja compartilha a graça de Deus, os bens, e a palavra.
Para cumprir a missão o ministério deve tomar decisões visando à totalidade do corpo e para o bem estar do corpo.
De acordo com o texto de Atos 6.1,3 e 4 Três decisões foram tomadas para que o bem coletivo pudesse ser experimentado:
1)    Suprir a necessidade do corpo
2)    Escolher as pessoas certas
3)    Dedicação do ministério ao que contribui para o cumprimento da missão
As necessidades são proporcionais ao crescimento. É equivalente ao que é chamado na física de grandeza diretamente proporcional: “Se uma cresce a outra cresce também”.
As necessidades do corpo são proporcionais ao seu crescimento. Tão importante quanto identificar as necessidades, é identificar as soluções, e para isso é necessário à escolha de pessoas certas.
A decisão foi: “irmãos, escolham entre vocês sete homens reconhecidamente cheios do Espírito e de sabedoria” (At 6.3/ NTJ)
“irmãos, escolham entre vocês sete homens de bom testemunho, cheios do Espirito e de sabedoria”(At 6.3 NVI)
A escolha não é difícil, pois os que fazem parte do corpo, e entendem o que é fazer parte do corpo consequentemente possuem qualidades: 1) Bom testemunho/Boa reputação 2) Cheios do Espírito 3) Sabedoria.
Obs. A escolha de duas versões é para enfatizar um valor muito importante: O bom testemunho (Boa reputação) A versão do Novo testamento Judaico não traz as palavras “Bom testemunho”, pois, esta ideia se funde a uma só: “Cheio do Espírito”. Os que verdadeiramente são cheios do Espírito dão bom testemunho. O bom testemunho, ou ser cheio do Espírito não é caracterizada pela demonstração de dons, e sim de frutos. Dito isto, é necessário escolher os cheios do Espírito (os de bom testemunho).
Falando rapidamente sobre a sabedoria. A verdadeira sabedoria é medida por seus resultados. “Entretanto, a prova da sabedoria são as ações que ela produz” (Mt 11.19/NTJ)
“Mas a sabedoria é comprovada pelas obras que a acompanham” (Mt 11.19/NVI)
Resumindo. A sabedoria é prática e produtiva, ela nasce na teoria, depois prova sua eficácia na prática. Muitos não saem do campo teórico e virtual e por isso jamais produzem.
A terceira decisão tomada foi a de se dedicarem a prática da “oração e da palavra” (At 6.4)
As decisões certas são tomadas por um ministério que é sábio e fervoroso, ou que é fervoroso e sábio.
Um ministério que prática a oração e gasta tempo na palavra é um ministério que cumpre seu papel.
Para uma visão perfeita e real, é necessário aproximação. Olhando de perto poderemos perceber que o crescimento e as decisões certas foram tomados por um ministério que tem marcas nos joelhos e no coração, ou seja, um ministério que ora e medita na palavra.
Uma igreja crescente, e onde as necessidades do corpo são supridas é sinal que há um ministério que ora e medita na palavra.
Um ministério que ora e medita descomplica e não complica.
Um ministério que ora e medita é sinal de igreja saudável.
Uma igreja onde as necessidades do corpo todo são supridas, e não de uma minoria é sinal que há um ministério que ora e medita.
O crescimento real e saudável da igreja é resultado de oração e do ensino da palavra.
Uma igreja que ora é uma igreja revestida de poder, uma igreja que prega e ensina a palavra é uma igreja que cresce.
Esta igreja é real, ela está descrita nas páginas da bíblia,mas não se restringe apenas ao passado, pois esta igreja está entre nós. Eu faço parte desta igreja, você faz parte de uma igreja assim? se não, eu lhe pergunto: O que você está fazendo para isso mudar?
Quanto a isso há três opções: 1) Oração 2) Ação 3) Comprometimento
Ore pela causa, tenha atitudes que provem que você é diferente e comprometa-se com a causa de forma que você possa influenciar a outros. Nada muda se você não mudar.  

Na fé, na oração e na palavra.

(R.Silva)

terça-feira, 16 de maio de 2017

Uma Verdade Esquecida



Uma Verdade Esquecida
Provérbios 22.28 “Não removas os limites antigos que fizeram seus pais”

O autodespojamento.

As verdades bíblicas não podem ser adaptadas ao modo de viver, a cultura, ao tempo, ou a época. As verdades bíblicas precisam ser assimiladas por todos, de forma que seu modo de viver mude independentemente da cultura, tempo ou época que viva.
A mensagem de Cristo tem o propósito de fazer o homem voltar ao caminho certo (2Pe 2.15) “Os quais, deixando o caminho direito erraram...”, pois todos erraram. Paulo diz: “Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis” (Rm 3.12) e o propósito de Deus é o de resgatar o homem do seu erro.
A igreja tem esta missão, uma vez que é coluna e baluarte da verdade (1tm 3.15)
Não podemos confundir a igreja de Cristo com a igreja dos homens; pois a diferença está exatamente naquilo que ela reproduz. A igreja dos homens reproduzem os ensinos dos homens, a igreja de Cristo reproduz os ensinos de Cristo. Na igreja dos homens o homem é o centro, na igreja de Cristo Ele é o centro. Na igreja dos homens é a vontade dos homens que deve ser feita, na igreja de Cristo é sempre feita a vontade de Cristo. Dito isto, vamos para a verdade esquecida: O Autodespojamento. Essa é uma verdade ensinada por Cristo, mantida e ensinada por seus discípulos (Apóstolos) e reproduzida pela igreja primitiva.
Jesus em um de seus discursos revelou a síntese do autodespojamento: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me”(Mt 16.24) e não apenas isso, a vida e ministério de Jesus falam por si só sobre o ato de despojar-se.
Jesus ao iniciar o seu ministério deu uma mostra de qual seria a base do seu Reino quando proferiu o Sermão da Montanha. Ele começou assim: “Bem aventurado os pobres de espírito” (Mt 5.3) os que não são altivos, autodependentes, presunçosos.
Outro trecho deste discurso reflete bem o espírito do autodespojamento e nos leva para uma visão mais abrangente sobre este ato: “Bem aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo mal contra vós, por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus” (Mt 5.11,12)
Este trecho em particular mostra a amplitude do despojamento. Este despojar abrange todos os aspectos da vida humana, que mostra que o homem deve despojar-se também de qualquer sentimento de vingança, ou raiva, e nos faz compreender que há maior recompensa no ato do despojamento.
Outro trecho fala sobre isso: “Eu porém, vos digo que não resistais ao mal; ma se qualquer te bater na face direita, oferece-lhe também a outra” (Mt 5.39)
Talvez alguém que esteja lendo este arrazoado e sinta-se enfadado com o assunto. Eu não lhe culpo, isso é porque você ainda está cheio de si.
Permita-me contar-lhe uma história sobre um jovem que tinha um sonho de servir a Deus e obedece-lhe em tudo.
Crescia uma criança em certa cidade. Esta criança desde muito cedo demonstrava grande interesse pela palavra de Deus. Rotineiramente frequentava a escola bíblica, e sempre ficava entusiasmado com os heróis da bíblia. Seu coração era inflamado pelos relatos de muitos homens que realizaram verdadeiras proezas em nome de Deus. O tempo passou, esta criança cresceu, mas no seu coração o desejo de servir a Deus não havia morrido. Chega então o momento esperado, um chamado, é hora de tornar real seu sonho; um convite: “Vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me” (Mateus 19.21) Como é difícil o autodespojamento, mas ele é necessário. Muitos estão cheios de si, estão cheios de tantas coisas, porém vazios da palavra de Deus e do Deus da palavra.
Paulo diz: “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2. 5-7)
Entenderam porque muitos não conseguem despojar-se? Porque existem muitas igrejas de homens que ensinam o oposto dos ensinos de Cristo!
“Porque os tais não servem a nosso Senhor Jesus Cristo, mas ao seu ventre; e com suaves palavras e lisonjas, enganam o coração dos símplices” (Romanos 16.18)
“Porque muitos há, dos quais muitas vezes vos disse e agora também digo, chorando, que são inimigos da cruz de Cristo. O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas” (Filipenses 3.18,19)
A igreja dos homens seguem os homens, suas doutrinas e seus exemplos. A igreja de Cristo segue O Cristo, sua doutrina e exemplo.
Jesus enfrentou barreiras e muita resistência. Muitos haviam se esquecido de Deus, e tornaram-se cegos seguindo a rituais, e abriram espaço para as doutrinas dos homens, e estas tornaram-se mais importante do que a própria palavra de Deus.
“Este povo honra-me com os seus lábios, mas o seu coração está longe de mim. Mas em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens” (Mateus 15.8,9)
A doutrina humana pode ser bonita, inteligível, bem elaborada, adaptada ao momento e a época, mas, ainda assim não passará do que é: Doutrina de homem.
Muitos estão honrando a Deus com os lábios, com slogan, com frases em camisetas, com adesivos, com liturgias, com shows pirotécnicos dentro de prédios, mas o coração continua longe de Deus.
Disse Jesus: “Em vão me adoram”. A verdade do autodespojamento está esquecida!
Precisamos voltar urgentemente para a palavra. Precisamos correr desesperadamente, contritos e arrependidos para Cristo. Precisamos voltar para Deus.
Façamos parte da igreja de Cristo onde ele é o centro, e onde seus ensinos são reproduzidos.

Na fé, na reprodução, e na esperança.

(R.Silva)